Suzana Alves Viana
Psicanalista, prof. Dr. Departamento Formação em Psicanálise
do Instituto Sedes Sapientiae
Inicio
este trabalhoso, abrindo como questão a insustentável leveza
da interioridade do homem moderno e ao longo do texto descrevo um projeto
de pesquisa que, através da mulher, problematisa o Feminino, enquanto
possibilidade de uma interioridade densa.
O mais atual, o mais moderno não é necessariamente o mais profundo.
.
Na cultura moderna, o império da imagem não permite que se transcenda
a superfície da tela.
Baudrillard ao tratar o tema afirma:
"Toda nossa realidade se tornou experimental. Na ausência de destino,
o homem moderno está entregue a uma experimentação sem
limites sobre si mesmo".
O contexto em que o articulista discute tem como campo duas ilustrações
recentes: o programa Loft Story, da ilusão da realidade ao vivo na
mídia ( programa transmitido pelo canal de TV francês M6, que
mostra o cotidiano de onze jovens vivendo em um loft) e Catherine Millet,
ou seja, da ilusão fantasmática do sexo ao vivo ( a própria
é autora de "La vie sexuelle de Catharine Millet, em que descreve
encontros sexuais que manteve com centenas de anônimos. Seu companheiro,
Jacques Henric, lançou o livro de fotos "Legendes de Catherine
M.", em que retrata a escritora nua e lhe vota sua admiração,
citando Espinoza, Bataille etc.).
Tais referências não constituem a essência do assunto,
porque sua utilidade reside em ser ilustrações da problemática
paradoxal em que vivemos, sufocados pela necessidade de singularidade num
meio que é empurrado para ser só imagem, aparência destituída
de corporeidade
"Há duas maneiras de desaparecer", diz o autor "ou exigimos
não sermos vistos ( ... ) ou caímos no exibicionismo delirante
de nossa nulidade. Tornamo-nos nulos para ser vistos e considerados como nulos-
proteção definitiva contra a necessidade de existir e a obrigação
de ser" ( grifos meus).
Contrapondo essa "exigência" de desaparecimento do sujeito,
que se anula ao existir só na imagem , tomo Winnicott, na medida em
que, como psicanalista, devotou grande atenção à questão
do corpo, através de pensá-lo como o "habitat" da
psique.
O que me interessa é colocar em cena a corporeidade em contraponto
à imagem.
Para Winnicott a integração da psique no soma é um processo,
ou seja, não está dado, podendo acontecer, inclusive, períodos
onde a psique perde o contato com o corpo Personalização é
um conceito que Winnicott usa para descrever a trama psicossomática,
ou "a psique residindo no soma". Davis e Wallbridge chamam-nos atenção
para o fato de que Winnicott percebeu a trama psicossomática como realização.
Realização implica em processo, um acontecer no tempo.
Realização é também uma palavra que implica o
real, no sentido de que envolve um acontecimento que se realiza como fato,
mas é justamente a dimensão da duração que lhe
confere consistência.
No texto Transtorno ( disorder ) Psicossomático, Winnicott fala-nos
sobre o desenvolvimento do psique-soma, como uma tendência que o indivíduo
herda, cuja meta é chegar a uma unidade da psique e do soma, uma unidade
esperiencial da psique e da totalidade do funcionamento físico.
O "EU SOU" corresponde a este funcionamento harmônico entre
soma e psique.
O EU SOU , ou integridade psicossomática significa a conquista da "morada"
da psique no soma ou vice-versa.
Bela imagem para uma metáfora que contemple por contraponto a cisão
entre o sujeito e sua simultânea anulação, quando se faz
sujeito apenas na imagem, quando " mora" na imagem .
Aqui cabe um comentário de Masud Khan sobre Winnicott.
"Iniciei, deliberadamente, definindo Winnicott na sua presença
corporal, porque não se pode começar a entender o seu talento
como clínico, se não estivermos cientes de que, nele, psique
e soma viviam em perpétuo diálogo e debate, e suas teorias são
abstrações do constante happening que era Winnicott, o ser vivente
e o clínico. E, aqui, mais uma vez, Winnicott, o homem, e Winnicott,
o terapeuta, eram seres recíprocos e harmoniosos".
A corporeidade, como se pode pensar a partir desse comentário de M.
Khan , implica profundamente o sentido de presente, enquanto presença,
ser presença. O real é portanto presença, o que implica
uma dimensão corporal ao ser.
A exploração da realidade, no sentido da experimentação
exacerbada da mesma, através do vídeo, onde esta perde sua condição
simbólica ... produz, segundo Baudrillard , a pior obscenidade dos
tempos atuais, qual seja a participação forçada e a cumplicidade
automática do espectador .
O servilismo das vítimas é o objetivo da operação.
"A corrupção do poder é inscrever no real tudo o
que era da ordem do sonho..."7
De acordo com o pensamento de Winnicott, isto significa perder o espaço
da transicionalidade, espaço do sonho, necessário à constituição
de um sujeito potencialmente sadio.
A idéia de desenvolver uma pesquisa sobre o Feminino instala-se nesta
perspectiva, qual seja, através do corpo da mulher, marcado pela ausência
do pênis, reinterpretar a ausência como continente vazio, espaço
disponível para a interioridade. O Feminino é a via de construção
da singularidade, na medida em que impõe ao homem e à mulher,
a tarefa de transcender ao aparente, ao visível para projetar-se num
plano em que se está em permanente procura.
"Não aprendemos nada com mais dificuldade do que o livre uso do
que é nacional. ... Mas aquilo que nos é próprio precisa
ser aprendido tão bem quanto aquilo que nos é estrangeiro"8.
À moda de um de flash sonoro trago o que está sendo esta pesquisa:
A mulher contemporânea parece ter perdido sua outra metade.
Às vezes, se confunde com um objeto a ser olhado e admirado pelo outro,...
o sentido de seu corpo escorre pela superfície exposta na vitrine.
Outras mulheres correm apressadas, têm a agenda lotada, investem no
mercado profissional, na família, maridos e filhos, andam sempre tão
ocupadas, são densas..., tão tensas.
Corpo para malhar, corpo talhado para o traje que as executa na função.
Onde anda a fêmea, cuja animalidade estava ali, no cio, cheiro - perfume
exalado de sua superfície, através da pele enorme, preenchendo
cada uma de suas curvas?
Liliths de outrora, Sofias de agora.
Sempre pela metade.
Hemicrania.
A dor que anuncia escandalosamente uma das metades, deixando a outra no escuro,
invisível, supostamente inexistente.
O período da tensão pré - menstrual é vivido como
um desconforto para a mulher : agressividade, depressão, dor de cabeça
são sensações comuns. Mas, não só o negativo
desanima o corpo da mulher . Algumas ressaltam também a intensidade
do desejo e do prazer sexual, mais forte e mais "selvagem" do que
no restante do ciclo.
Baseando-nos nestas manifestações, levantamos a hipótese
de que a T.P.M. possa representar, ainda que no sintoma, a expressão
do feminino mais arcaico em confronto com o estreito espaço de manifestação
que a organização da cultura ocidental permite à expressão
do primitivo.
O desenrolar desse pensamento levou-nos à elaboração
de um trabalho que busca o arcaico e para isto procura no corpo das Sofias,
a parte racional da mulher, os vestígios de Lilith, a representante
de uma sexualidade selvagem e primordial.
O método usado tem sido o de entrevistar mulheres com T.P.M. que apresentam
também dor de cabeça. Para ampliar, conhecer e melhor circunscrever
nosso campo de investigação
temos entrevistado também homens e mulheres que têm dor de cabeça
crônica.
Entrevista realizada com Lea:
Léa tem 45 anos e começa a entrevista, dizendo que está
"amadurecendo", uma alusão a estar envelhecendo, à
menopausa.
Sente dor de cabeça, quando come algo que não faz bem, às
vezes quando está nervosa, quando levanta "azeda", mas também
ocorre, quando nada de especial aconteceu. A dor de cabeça começou
na sua adolescência.
Não pode comer ovo frito, mas adora.
A dor , quando é muito forte leva-a a vomitar. Aí se alivia.
A dor parece que vai romper a cabeça.
Quando lhe é perguntado sobre o seu lazer, ri, irônica e pergunta:"
quê lazer" ?
Lea trabalha o dia inteiro: das " 7 às 7", diz ela. Como
profissional dedica-se a cuidar do outro. Quem a conhece gosta muito dela,
é divertida, bem humorada e extremamente atenciosa , quando cuida de
alguém, particularmente quando a pessoa está doente.
Tem um casal de filhos, mas não tem marido, cria-os sozinha.
Há 3 anos não tem nenhum tipo de relação amorosa:
" não namoro há três anos", " fico olhando
de longe". Relações sexuais, quando existiam eram maravilhosas,
atualmente não está sentindo nenhuma falta.
Sente mais falta de transar quando está próxima de menstruar,
e também logo depois da menstruação ; todo o período
é acompanhado por depressão e irritação.
Nesses períodos, quando vê um casal se beijando, revolta-se,
sente que a estão provocando
Sente-se mais mulher quando está para menstruar, é maravilhoso,
mas depois " estou cheia de dores".
Compara a dor do parto à dor de cabeça.
O romper.
Ressalto o que nos chama atenção na fala de Léa : o prazer
mais intenso junto ao período menstrual, quando após o prazer
está cheia de dores, uma intensa ocupação - trabalha
das 7 às 7 e, apesar do pouco prazer que usufrui em seu cotidiano,
é divertida e bem humorada. Na TPM, a irritação vive
dentro dela, enquanto no lado de fora, dissociada, escapa da mesma cuidando
do outro (Outro) doente.
Olhemos
a relação de Lea com o próprio corpo.
"Adoro comer ovo frito", esta é uma expressão carregada
de um prazer, derivado do prazer que se banha no erotismo do ato de mamar.
Os prazeres relacionados à boca, ao anus, à vagina, à
pele são as formas primeiras da constituição do erotismo
e nos marcam profundamente.
Mas diria que para Lea "comer" o prazer faz mal.
A sociedade, característica da cultura de cada povo, é uma construção
destinada a organizar, controlar e proteger o Homem da sua dimensão
impulsiva. Essa forma de proteção pode ser mais ou menos repressora,
dependendo do temor que esses impulsos provocam. As culturas que se fundamentam
na religião Islâmica são mais repressoras com a mulher
( lembremos da mulher no Afeganistão), mas isto talvez revele, dentre
outras coisas, que a mulher oriental tem uma relação mais natural
com a sua sensualidade do que a mulher ocidental. A mulher ocidental é
vítima do culto à cabeça e à imagem.
A natureza é daimônica ( e o sexo é um sub-conjunto dela).
É uma força incontrolável e, muitas vezes, perturbadora
para o Homem. O daimônico refere-se ao irredutível da natureza.
Camille Paglia , em Personas Sexuais escreve:
"O corpo de toda mulher contém uma célula de noite arcaica,
onde todo conhecimento deve parar. Esse é o profundo significado por
trás do strip-tease, uma dança sagrada de origens pagãs
que, como a prostituição, o cristianismo jamais conseguiu liquidar.
As danças eróticas dos machos não são comparáveis,
pois uma mulher nua leva para fora do palco uma ocultação final,
aquela escuridão ctônica da qual viemos".
Continuando, diz:
"Toda mulher menstruada ou grávida é uma pagã e
primitiva, lançada de volta às distantes praias oceânicas
das quais jamais evoluímos inteiramente".
Elegemos o mito de Lilith para falarmos do arcaico na mulher.
Lilith é uma lenda, que pertence à grande tradição
dos testemunhos orais. Parece ter sido perdida ou mesmo removida no momento
da transposição para as versões sacerdotais mais recentes.
Seguindo Graves e Sicuteri , Lilith teria sido a primeira mulher de Adão,
feita de saliva e sangue, como pode-se ler nas palavras de Beresit-Rabba:
"R. Jehudah em nome do Rabi disse: No princípio a criou, mas quando
o homem a viu cheia de saliva e sangue afastou-se dela, tornou a criá-la
uma segunda vez, como está escrito: "Desta vez. Esta e aquela
da primeira vez".
Em Graves encontramos uma outra passagem da criação de Lilith
: "Deus então formou Lilith, a primeira mulher, tal como havia
formado Adão, só que usou terra suja e sedimentos em vez de
puro pó."
Esta interpretação "faz" Lilith de um material inferior
a Adão.
Na lenda , Lilith recusa a posição deitada por baixo no ato
sexual e diz a Adão que é sua igual. Como este continua lhe
exigindo que se deite por baixo, fica enfurecida, profere o nome mágico
de Deus ( o nome que não podia ser pronunciado ). Depois, ergue-se
no ar e o deixa. Lilith vai para o Mar Vermelho, uma região repleta
de demônios lascivos, dos quais ela teve lilim em um número superior
a cem por dia. Passa a ser associada às criaturas demoníacas.
Para Sicuteri , Lilith e Eva são uma condensação de duas
experiências: a do conhecimento carnal, censurada e removida e sua contrária,
a experiência que exprime a aceitação da companheira,
através de uma imagem "boa" e externa, aquela que é
mais agradável ao Pai e a Lei, mas que será também esta,
inexoravelmente, fonte de pecado.
Através do mito de Lilith, expusemos o mundo interior ctônico
que compõe a natureza da mulher, mais do que do homem talvez, pelo
fato de que seu corpo biológico está atrelado à sua missão
reprodutora, sendo que nele se repete mensalmente todo o ciclo da vida
A TPM condensa em seus sintomas manifestos a natureza ctônica da mulher,
ao mesmo tempo que expressa na dor de cabeça a exigência de racionalidade
a que essa mulher é submetida, uma vez que o "ambiente ecológico"
cultural das sociedades ocidentais não consegue prover as condições
necessárias para que a integração do psique - soma prossiga
sem dissociação.
Nas entrevistas que temos realizado e também nos casos que seguimos
em análise, encontramos situações clínicas que
nos remeteram à Winnicott .
Em particular dois aspectos: um excessivo trabalho mental e um terror do desamparo,
que se manifesta, através de seu contrário: a manutenção
de uma independência, garantida pelo recurso à intelectualização/
racionalização.
Reporto-me à teoria de Winnicott sobre a mente.
Quando o psique-soma ou esquema corporal atravessa satisfatoriamente os estágios
mais antigos do desenvolvimento, a mente não existe como uma entidade
em separado, sendo apenas um caso especial do funcionamento do psique-soma.
Psique e mente não se diferenciam. A psique significa a elaboração
imaginativa de partes, sentimentos e funções somáticas,
isto é, a vivência física.
Joseph Campbell, no mesmo sentido, compreende a mitologia como uma função
biológica, "um produto da imaginação do soma"
. Para Keleman o corpo é dado e o mito é dado a partir do corpo
Winnicott observa que construiu uma teoria sobre a mente, através de
pacientes em análise, que regrediram a um nível bastante primitivo
de desenvolvimento na transferência. Dou ênfase a este aspecto,
porque ele indica, a meu ver, que só através de uma regressão
profunda podemos alcançar o nível de dependência e de
terror, frente ao desamparo que esses pacientes experimentam.
Voltando a Winnicott.
Para que haja um desenvolvimento saudável do psique-soma é preciso
que o ambiente, faça uma adaptação ativa às suas
necessidades e desejos, criando, inclusive, a sensação de uma
onipotência saudável que o faz acreditar ser capaz de criar o
objeto do qual necessita.
Quando o ambiente é eficiente, neste sentido, permite que o bebê
apenas seja.
Um ambiente que não é perfeito representa uma invasão
para o bebê e solicita do mesmo uma reação. Essa reação
implica que, muito precocemente, foi exigido dele uma ação e
que, então, saísse de um estado de "apenas ser ",
para ter que se ocupar de alguma coisa que o ambiente falhou em atender.
A necessidade de um ambiente bom é inicialmente absoluta., depois se
torna
relativa. A mãe comum é suficientemente boa. Na medida em que
a mãe falha, o bebê compensa sua deficiência através
da atividade mental. Portanto, Winnicott está apontando que, desde
o início, a atividade mental nasce do vazios deixados pela imperfeição
da mãe.
Em outras palavras, o pensar, enquanto atividade mental, nasce de frustrações
que a mãe não pode evitar, mas que são proporcionais
à capacidade de compreender do bebê.
Nesse contexto é que Winnicott conjectura sobre sua teoria da mente.
A mente encontra suas fundações em um fracasso materno, maior
do que possível, ao bebê, compreender. Isto conduz a um funcionamento
variável do psique-soma ( bebê ),que reage, mimetizando na mente
os cuidados da mãe. Começa a criar os mecanismos de controle,
como forma de auto-proteção.
Certos tipos de fracasso materno, em especial um comportamento irregular conduzem
a uma hiperatividade do funcionamento mental .
E aqui encontro uma observação que me é muito valiosa,
em função das ressonância que encontro na clínica
dos pacientes desta pesquisa.
"No crescimento excessivo da função mental como reação
a uma maternagem inconstante, vemos que é possível o desenvolvimento
de uma oposição entre a mente e o psique-soma, pois em reação
a este estado anormal do meio ambiente, o pensamento do indivíduo começa
a controlar e organizar os cuidados a serem dispensados ao psique-soma, ao
passo que na saúde esta é uma função do meio ambiente.
Quando há saúde, a mente não usurpa a função
do meio ambiente, tornando possível, porém, a compreensão
e, eventualmente, a utilização de seu fracasso relativo".
O resultado mais comum, conseqüência de um grau pequeno de cuidado
materno torturante nos estágios iniciais da vida infantil, é
o de que o funcionamento mental torna-se uma coisa em si, praticamente substituindo
a mãe e fazendo-a desnecessária.
Segundo Winnicott , isto conduz a um padrão distorcido, em termos de
desenvolvimento, o qual pode se manifestar em uma tendência a se identificar,
nas relações ambientais, com aquele que cuida e a uma dificuldade
na identificação com aquele que depende.
Winnicott observa que a mente-psique, em geral, é localizada como estando
em relação com a cabeça: é colocada dentro ou
fora da cabeça, mas em alguma relação especial com ela.
Isto pode ser uma importante fonte da dor de cabeça como sintoma.
Voltando à entrevista apresentada, pensamos que Lea tem uma relação
de conflito com o prazer, que se insinua através da sua sexualidade.
O prazer não está ausente, como demonstra nos dias relacionados
ao período menstrual, é forte e selvagem, mas depois está
cheia de dores. A intensidade da irritação (excitação
) está no vermelho do sangue menstrual , enquanto que a dor de cabeça
lhe devolve a palidez, cor do controle perdido no momento anterior. No sintoma
re(a)presenta uma forma canhestra de autoproteçäo.
Trabalho
apresentado no I Congresso Internacional A Representação da
Imagem Feminina, realizado no Centro de Letras e Ciências Humanas da
Universidade Estadual de Londrina, em 29/09/01