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Chaim Samuel Katz - Novos Corpos (Cibernéticos) e o Inconsciente Psicanalítico

 

Novos corpos (cibernéticos) e o inconsciente psicanalítico

Partindo do referencial freudiano que, diante de impasses clínicos desafiadores da técnica psicanalítica clássica – recordar, repetir e elaborar -, reconhecia os limites de seu campo teórico-prático, transformando-o, ao invés de simplesmente dizer aos analisandos que eles resistem, Chaim Samuel Katz propõe que a comunidade psicanalítica se coloque a pensar algumas questões próprias do “novo estado de coisas” de nossa sociedade.

 

A começar pelo “novo estado de coisas, que inclui desde filhos artificiais (e os futuros clones) até próteses antes insuspeitadas. Questionar nossa teoria desde o que é hoje a sexualidade no pensamento artificial é importante e teremos que aprender a fazê-lo. Mas espanta que, durante tantos anos não se tenham escrito ensaios ou comentários psicanalíticos sobre a função de óculos, chinós, dentaduras, calços, espartilhos, cirurgia plástica de embelezamento etc., objetos de extensão, atualmente corriqueiros. Reduzir sua função ao narcisismo não é apenas uma insuficiência psicanalítica mas uma confissão de que temos pouco direito ao presente, com suas questões mais pungentes.”

 

Chaim Katz indaga-se ainda, sobre o que a Psicanálise tem a oferecer aos sujeitos do contemporâneo que, diante dos atuais meios de comunicar e saber, submetem-se a uma velocidade e a um imediatismo disparadores de aflições e desejos ainda não suficientemente elaborados pela Psicanálise. “A teoria psicanalítica tendeu, na sua linha mais avançada teoricamente, que veio da obra e da escola de Lacan, a elaborar aquilo que Freud chamou de  Metapsicologia apenas sob suas manifestações topológica e dinâmica. Ignorando os regimes econômico e afetivo, os afetos sendo entendidos e articulados apenas pela Topologia, como escutar e considerar  velocidade e imediaticidade, a não ser transformando-as em resistências ao inconsciente?”

 

Como sustentar o abandono da noção de cura, quando este se impõe com a entrada dos psicanalistas em atendimento interdisciplinar em asilos, manicômios, hospitais e creches?

 

Devemos naturalizar o estatuto ontológico do desamparo e do mal-estar lidos desde uma psicogênese e sua irredutibilidade, considerando que “sujeitos se fazem em múltiplos, bem como o fazem os grupos: os humanos nascem destinados à alteridade. Então, encontro diferenciado de afetos e trocas de experiências, acolhimento mútuo, eis aí o amparo dos humanos.”?

 

A  importância contemporânea dos psicofármacos e sua relação com o sofrimento? O crescente aumento das atividades psicanalíticas em vários níveis: escolas, creches, ensino universitário, asilos, empresas, acompanhado de evidente perda da dominância psicanalítica e a queda radical dos rendimentos financeiros dos analistas?

 

“Como abordar tais novas questões, que colocam em jogo as relações entre o vazio da sexualidade e a multiplicação infinita na contemporaneidade dos aparelhos, que permitem por em questão “a debilidade de nosso próprio corpo”, eis a última questão que nos proponho. Sem tais questões, como o futuro da Psicanálise?” 

 

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