Ao abordar a realização de Psiquê: ópera e psicanálise em três atos, Miriam Chnaiderman sublinha a musicalidade desse evento que abriu 2017 em nosso Departamento. Que o ano comece com música, que a música lembre nossa tão bela festa, que música e festa nos movimentem: vamos agitar 2017!

E assim o Boletim Online lançou, em março, uma convocatória para que membros, alunos e ex-alunos nos acompanhem cotidianamente na criação das imagens e das palavras coletivas com as quais registrar nosso pensamento e nossa vida hoje.

Então dissemos: Em tempos acinzentados, de repressão e preconceito, de fascismos mais ou menos [ou nada] disfarçados de social democracia, nosso trabalho consiste em escutarmos as brechas, os desvios, a vida pulsional, as cores e as subversões que o humano re-inventa. E fazer isso circular.

Cabe agora a este editorial repertoriar os potentes retornos recebidos, nas vozes estéticas de Rubia Delorenzo, Nair Benedicto e Cristina Barczinski; nos enunciados da psicanálise na política articulados por Mario Fuks, Roberta Kehdy e Maria Laurinda; nas pungentes reportagens do Entretantos assinadas por Renata Caiaffa, Isabel Mainetti, Marê Labaki, Janete Frochtengarten e Rita Cardeal; na abertura da seção Notícias dos Cursos, a retratar a produção de uma aluna; nas bem-vindas notícias do lançamento do livro do Feminino, da Assembleia de novembro e da Comissão de Admissão que neste período processou a entrada de 6 novos membros ao Departamento; em nossa homenagem a Antonio Lancetti (1949-2016).

E eis nosso 41º Boletim, a ressoar ainda a particular alegria da nossa equipe editorial diante das admissões das duas colegas que assim aspiravam: parabéns, queridas Cristina e M. Carolina!

E vamos à leitura! Que leitura chama escrita e, a contrapelo das operações “cidade linda”, é em “lápis e papel”, grafite sobre branco que começamos, desde já, a inventar o Boletim de junho. Até lá!

Com abraços da