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    JORNAL DIGITAL DOS MEMBROS, ALUNOS E EX-ALUNOS
    14 Setembro de 2010  
 
 
NOTÍCIAS DO CAMPO PSICANALÍTICO

Discurso proferido por Roland Gori por ocasião dos funerais de Conrad Stein


Conrad,

Junto a Danièle, a Stéphanie, a Jacques-Etienne, a toda sua família, venho, como se costuma dizer, prestar-te uma última homenagem.

Homenagem a um amigo íntimo, homenagem a um Mestre, um mestre que sabia ousar a fraternidade.

"Adeus, viva claridade de nossos verões demasiado breves", este verso de Canto de Outono, de Baudelaire, é ele que me ocorre hoje.

Este verso de Baudelaire, e também uma recordação, a recordação de um belíssimo texto que escreveste em Parc Trihorn, "A travessia do trágico em psicanálise", cujos momentos de criação tive a sorte de compartilhar contigo, durante aquelas férias. Eu te vi trabalhar com tuas anotações, anotações de sessão de um paciente que atravessava momentos de depressão a cada vez que tinha que separar-se de ti. Este é o momento em que - como dizes, frequentemente - somos confrontados com o real da existência.

Este real, hoje, Conrad, é com ele que nos confrontas. Possa o teu trabalho, assim como as recordações de tua pessoa, nos ajudar a atravessá-lo.

Tua pessoa - a imensa generosidade do homem, assim como a exigência que o acompanhava. Poderíamos dar a isto o nome de encanto: encanto da palavra, do olhar, da presença forte de uma inteligência analítica sempre viva.

Vivi intensamente os efeitos de teu trabalho, de tua obra. Tu foste, juntamente com Robert Pujol, quem me ensinou aquilo que sei sobre o trabalho psicanalítico e as exigências de seu método. Unicamente junto a ti, entendi realmente o que era a realidade psíquica, sua especificidade, assim como sua permanência dentro do trabalho do sonho, sua encarnação dentro da cura e os efeitos da palavra do psicanalista que lhe permite o acesso.

Tu despertavas em nós o Desejo da análise, fazendo-nos compartilhar da tua. Quando menos se esperava, por exemplo, durante um passeio no jardim de Luxemburgo, passeando, tagarelando sobre as crianças, os colegas, sobre a vida que passa e então me contas um sonho e eis-me falando também de um paciente ou de um sonho, o que vem a dar no mesmo, pois é aquele que fala que se abre à sua própria análise. Disto também tu eras o fiador. Fiador de uma abertura à magia da palavra, de seus efeitos de sedução e do modo de desprender-se dela.

De resto, foi através de tuas pesquisas sobre o poder libidinal da palavra que descobri o teu trabalho em meados dos anos '70, lendo L'enfant imaginaire. Eu terminava, então, com Didier Anzieu, uma tese sobre o Ato de palavra. E o ato de palavra, se um analista soube dizê-lo, foste mesmo tu. A palavra como ato sexual. Aliás, foi este o título de uma de tuas comunicações que tive a honra de publicar na edição de Cliniques méditerranéennes dedicada a ti. A originalidade de teu trabalho, em comparação a todos que te precederam, é que esta palavra foi por ti colocada no centro da situação da cura, tanto de seus processos como de seus efeitos. É uma palavra sensível.

E esta palavra, Conrad, é também aquela que nos vai fazer falta, é a tua, por excelência, esta palavra verdadeira, nutrida de uma língua pura como o cristal, precavida, mantida por vezes dentro da prudência e da atenção, mas sempre afetuosa. O afeto da palavra da qual se constitui a transferência, nós o vivíamos através da obra e através do homem. Com tua voz quente e grave, é verdade, produzias efeitos mágicos sobre cada um, efeitos tanto de sedução quanto de temor. "Palavras maravilhosas", dizia Danièle, mesmo "quando o corpo não mais acompanha". Palavras também de humor. Há algumas semanas, tu me dizias que uma das maiores vantagens de tua situação era que todo mundo mostrava-se gentil, obsequioso e amável. Tinhas acabado de ser operado. Em seguida falamos sobre o modo em que hoje em dia a linguagem é maltratada. A par de tuas severas exigências no que tange ao vocabulário e a gramática, quis provocar-te ao perguntar se pretendias submeter as enfermeiras a um ditado, ao que me retrucaste: "Não seria prudente"!

Se relato esta confidência, além de um testemunho do humor e da coragem que sabias demonstrar, quero dizer que, a meu ver, a ortografia, as exigências da língua, eram para ti uma ética. A ortografia como ética. Como se a ortografia dentro da escrita impusesse regras à palavra sedutora. Quanto ao estilo, eras também exigente.

Recordo-me dos inícios dos anos '90, quando Danièle e ti, os dois, afetuosamente, me ofereciam hospedagem, de ter ficado até duas ou três horas da manhã corrigindo um dos meus textos, em vista de sua publicação em Études freudiennes.

Duas ou três horas da manhã, isto já era para mim uma hora avançada da noite, mas, sem sombra de dúvida, para ti a noite apenas começava. Eu estava de tal modo esgotado, que te propus não mais publicar o texto. Respondeste com uma de tuas frases favoritas: "Está fora de questão". Sem apelação, como de costume.

Meu encontro com o teu trabalho e tua pessoa foram para mim determinantes para minha prática e minha teorização. Aprendi, graças a teu método, o método Conrad Stein. Método que fez a volta ao mundo e a volta dos profissionais de todos os tipos. Método que permitiu uma transmissão autenticamente psicanalítica do trabalho de análise. Método que permite, àquele que se autoriza, escutar os efeitos de sua transferência sobre a verdade do paciente que o afeta. Método que, falando do encontro com um paciente, permite identificar a realidade psíquica que se pode ter. Não se trata de supervisão técnica, uma prática pedagógica de controle, sobre cujo caráter "terrorista" tu nos alertaste em relação a Ferenczi, mas sim de uma prática ao longo da qual pode-se chegar a escutar as representações que se faz do paciente e a transferência que as fabrica.

A situação analítica, eis mais uma de tuas idéias que te permitem insistir sobre as condições que engendram uma realidade psíquica, do mesmo modo em que a revelam. Eu te escutava sempre nos lembrar que o objeto da psicanálise é a realidade psíquica, cujo paradigma é o sonho, o sonho doador do infantil.

Aliás, é este o poder da situação psicanalítica: criar a realidade psíquica a ser analisada, que faz com que o sofrimento da situação analítica não seja a mesma coisa que os sofrimentos em nome dos quais os pacientes vêm nos consultar. Toda a experiência de cura está centrada, para você e por você, dentro da pragmática analítica dos efeitos de palavra. Palavra que detém sua eficácia a partir da conjuntura em que ela intervém, que é a injunção paradoxal de ter de falar livremente.

Frequentemente, o rigor de tua epistemologia me perturbava. Tu me dizias muitas vezes que devias alguma coisa a Lacan, mas não sabias o quê. Creio, porém, que quando pronunciavas esta frase, era frequentemente - ao menos para mim - o momento em que a questão dizia respeito à epistemologia do campo da psicanálise.

Ainda tenho que dizer do amor e admiração que tenho por ti. Em Études freudiennes, como na Villa d'Eylau ou em Saint-Michel, tu e Danièle sempre me acolheram de braços abertos; sabes encantar, repreender, exigir e doar. E graças a ti, a ti e a Danièle, encontrei pessoas formidáveis e fiz laços muito fortes.

Também em Marselha, houve momentos muito intensos, muito apaixonantes, especialmente quando quiseste fundar o Groupe méditerrannéen d'Études freudiennes. As colinas de Marselha ainda ecoam este momento. Este foi um trabalho inesquecível, com tempestade de vozes e centelhas de pensamento. Além de nosso pequeno grupo, cujo acesso era firmemente controlado por ti, pacientes, estudantes, colegas, todos puderam beneficiar-se deste trabalho. De resto, gerações de estudantes referem-se a ti, a teu método e a tua obra, tu que te queixavas com frequência de não ser lido e nem trabalhado o suficiente. O que é em parte falso, somos tão numerosos a trabalhar contigo, com teu método e teus conceitos. O que é em parte verdadeiro, uma vez que as sociedades psicanalíticas desconfiam das posições marginais e dos atalhos. De qualquer forma, isto não impede os lacanianos - tampouco os ipeístas (3) - de respeitarem tua obra e tua pessoa. Foi a Nomenklatura das sociedades que te fez pagar um preço alto pela liberdade. Mas como tinhas uma aguda consciência política, bem sabias que não poderia ser de outro modo. Quiseste permanecer "insular", como escreveu Monique Schneider, permanentemente com este desejo de te esconder e esta obsessão de não ser descoberto.

Eis, portanto, Conrad, estas poucas palavras, bastante insuficientes para evocar tua obra e tua pessoa, hoje, quando nos confrontas com o real da existência.

Soubeste criar estes laços que permitem, como diz o poeta que tanto amavas, a " Explosão de calor na minha negra Sibéria" (Baudelaire).

Roland Gori, 20 de agosto de 2010

 

 

 


DISCOURS LU PAR ROLAND GORI LORS DES FUNERAILLES DE CONRAD STEIN, PARIS, 20 AOUT 2010.

Conrad,

Auprès de Danièle, de Stéphanie, de Jacques-Etienne, de toute ta famille et de tes amis, je viens comme on dit te rendre un dernier hommage.

Hommage à l'ami intime, hommage à un Maître, un maître qui savait oser la fraternité.

« Adieu vive clarté de nos étés trop courts », ce vers de Chant d'automne de Baudelaire, c'est celui qui me vient aujourd'hui.

Ce vers de Baudelaire, c'est aussi celui d'un souvenir, le souvenir du très beau texte que tu as écrit à Parc Trihorn, « La traversée du tragique en psychanalyse », et dont j'ai eu la chance durant ces vacances-là de partager avec toi les moments de création. Je t'ai vu travailler tes notes, notes de séance d'une patiente qui traversait des moments de dépression à chaque fois qu'il était question de se séparer de toi. C'est le moment où comme tu l'as souvent dit, nous sommes confrontés au réel de l'existence.

Ce réel, aujourd'hui Conrad tu nous y confrontes. Puissent ton travail autant que les souvenirs de ta personne nous aider à le traverser.

Ta personne, c'est l'immense générosité de l'homme autant que l'exigence qui l'accompagnait. Cela pourrait se nommer le charme, charme de la parole, du regard, de la présence forte d'une intelligence analytique toujours en éveil.

Ton travail, ton œuvre, a eu pour moi de fortes conséquences. Tu es avec Robert Pujol, celui qui m'a appris ce que je sais du travail psychanalytique, et des exigences de sa méthode. Jamais autant qu'avec toi, je n'ai compris ce qu'était la réalité psychique, sa spécificité, sa permanence aussi dans le travail du rêve, son incarnation dans la cure et les effets de la parole du psychanalyste qui en permettent l'accès.

Tu éveillais en nous le Désir de l'analyse en nous faisant partager la tienne. Même au moment où on s'y attend le moins, par exemple lors d'une promenade au jardin du Luxembourg, on se promène, on papote des enfants, des collègues, de la vie qui passe et puis tu me racontes un rêve et me voilà parti moi aussi à te parler d'un patient ou d'un rêve, ce qui revient au même puisque c'est celui qui parle qui s'ouvre à sa propre analyse. De cela aussi tu étais le garant. Le garant d'une ouverture à la magie de la parole, de ses effets de séduction et de la manière de s'en déprendre.

C'est d'ailleurs par tes recherches sur le pouvoir libidinal de la parole que j'ai rencontré ton travail au milieu des années 1970 en lisant L'Enfant imaginaire. Je terminais alors Didier Anzieu une thèse sur l'Acte de parole. Et l'acte de parole si un analyste a su en parler, c'est bien toi. La parole comme acte sexuel. C'est d'ailleurs le titre d'une de tes communications que j'ai eu l'honneur de publier dans un numéro de Cliniques méditerranéennes de 1994 qui t'a été consacré. L'originalité de ton travail par rapport à tous ceux qui l'ont précédé c'est que cette parole tu l'as placée au centre de la situation de la cure, de ses processus comme de ses effets. C'est une parole sensible.

Et cette parole, Conrad, c'est aussi celle qui va nous manquer, c'est par excellence la tienne, cette parole vraie, nourrie d'une langue pure comme le cristal, précautionneuse, retenue parfois dans la prudence et l'attention, toujours affectueuse. L'affection de la parole dont se constitue le transfert, nous la vivions avec l'œuvre et avec l'homme. C'est vrai qu'avec ta voix, chaude et grave, tu produisais des effets magiques sur chacun, effets de séduction autant que de crainte. « Paroles merveilleuses » disait Danièle, même « quand le corps ne suit plus ».

Paroles d'humour aussi. Il y a quelques semaines encore tu me disais qu'un des avantages et non des moindres de ta situation, c'était que tout le monde était gentil avec toi, prévenant et agréable. Tu venais juste d'être opéré. Ensuite nous avons parlé de la manière dont aujourd'hui le langage était maltraité. Connaissant tes exigences sourcilleuses à l'endroit du vocabulaire et de la grammaire, j'ai voulu te taquiner en te demandant si tu comptais soumettre les infirmières à une dictée, à quoi tu m'as rétorqué : « ce ne serait pas prudent » !

Si je rapporte cette confidence au-delà du témoignage de l'humour et du courage dont tu savais faire preuve, c'est pour dire que, selon moi, chez toi, l'orthographe, les exigences de la langue, étaient une éthique. L'orthographe comme éthique. Comme si l'orthographe dans l'écriture imposait à la parole séductrice des règles ! Sur le style aussi tu étais exigeant.


Je me souviens au début des années 1990, alors que Danièle et toi, vous m'offriez affectueusement l'hospitalité, être resté jusqu'à 2-3H du matin pour corriger un de mes textes en vue de sa publication dans Études freudiennes. Deux ou trois heures du matin, c'était pour moi une heure avancée de la nuit et sans nul doute pour toi un début de soirée. J'étais tellement épuisé que je t'ai proposé de ne pas le publier. Tu m'as répondu une de tes phrases favorites : « il n'en est pas question ». C'était sans appel comme d'habitude.

Ma rencontre avec ton travail et ta personne a été pour moi déterminante dans ma pratique et ma théorisation. J'ai appris grâce à toi une méthode, la méthode Conrad Stein. Méthode qui a fait le tour du monde et le tour des professionnels de toutes sortes. Méthode qui permet une transmission authentiquement psychanalytique du travail de l'analyse. Méthode qui permet à celui qui s'y autorise à entendre les effets de son transfert à la vérité du patient qui l'affecte. Méthode qui permet en parlant d'une rencontre avec un patient d'identifier la réalité psychique que l'on peut en avoir. Ce n'est pas une supervision technique, une pratique pédagogique de contrôle dont tu nous as appris à propos de Ferenczi le caractère « terroriste », mais une pratique au cours de laquelle on peut parvenir à entendre les représentations que l'on se fait du patient et le transfert qui les fabrique.

La « situation psychanalytique », voilà encore une de tes idées qui te permet d'insister sur les conditions qui fabriquent une réalité psychique autant qu'elles la révèlent. Toujours, je t'entendrai nous rappeler que l'objet de la psychanalyse, c'est la réalité psychique dont le paradigme est le rêve, le rêve donateur de l'infantile.

C'est d'ailleurs ce pouvoir de la situation psychanalytique de créer de la réalité psychique à analyser, qui fait que la souffrance de la situation analytique n'est plus la même chose que les souffrances au nom desquelles les patients viennent consulter. Toute l'expérience de la cure est centrée par toi et pour toi dans la pragmatique analytique des effets de parole. Parole qui ne détient son efficience que de la conjoncture dans laquelle elle intervient, celle de l'injonction paradoxale de devoir parler librement.

La rigueur de ton épistémologie m'a souvent troublé. Tu disais souvent que tu devais quelque chose à Lacan mais tu ne savais pas quoi. Mais je crois qu'au moment où tu prononçais cette phrase c'était souvent, au moins pour moi, à un moment où il était question de l'épistémologie du champ de la psychanalyse.

Ce que je tarde aussi à te dire c'est l'amour et l'admiration que je te porte. A Études freudiennes, comme à la Villa d'Eylau ou à Saint-Michel, tu m'as toujours accueilli avec Danièle à bras ouverts, tu savais charmer, réprimander, exiger et donner. Et grâce à toi, à vous Danièle et toi, j'ai rencontré des gens formidables et noué des liens très forts.

Il y a eu aussi à Marseille des moments très intenses, très passionnants, notamment quand tu as voulu fonder le Groupe méditerranéen d'Etudes freudiennes. Les collines de Marseille s'en font encore l'écho. Ce fut un travail inoubliable avec des tonnerres de voix et des éclats de pensée. Au-delà de notre petit groupe dont tu contrôlais fermement l'accès, des patients, des étudiants, des collègues, ont pu bénéficier de ce travail. Des générations d'étudiants d'ailleurs se réfèrent à toi, à ta méthode et ton œuvre, toi qui te plaignais souvent de ne pas être suffisamment lu et travaillé. Ce qui est en partie faux, tant nous sommes nombreux à travailler avec toi, ta méthode et tes concepts. Ce qui est vrai en partie aussi tant les sociétés psychanalytiques se méfient des positions marginales et des chemins de traverse. Ce qui n'empêche pas d'ailleurs les lacaniens autant que les ipéistes de respecter ton œuvre et ta personne. C'est la Nomenklatura des sociétés qui t'a fait payer le prix fort de la liberté. Mais comme tu avais une conscience politique aiguë, tu savais bien qu'il ne pouvait en être autrement. Tu as voulu rester « insulaire » comme l'as écrit Monique Schneider, avec toujours permanente ce désir de te cacher et cette hantise de ne pas être découvert.

Voilà Conrad ces quelques mots, bien insuffisants pour évoquer ton œuvre et ta personne, aujourd'hui où tu nous confrontes au réel de l'existence.

Ce sont ces liens que tu as su créer qui permettent, comme le dit ce poète que tu aimais tant, l'« Explosion de chaleur dans ma noire Sibérie » (Baudelaire).

Roland Gori, le 20 Août 2010

(1) Psicólogo e psicanalista, professor de Psicopatologia Clínica da Université d'Aix-Marseille 1, diretor de publicação da revista Cliniques méditerranéennes, presidente do Groupe méditerranéen d'Études freudiennes, autor dos livros Le corps et le signe dans l'acte de parole (Paris: Dunod, 1978) e A prova pela fala: sobre a causalidade em psicanálise (São Paulo: Escuta, 1998).
(2) Tradução de Cristina Barczinski, da equipe editorial do Boletim Online.
(3) O autor se refere aos psicanalistas que são membros da IPA (International Psychoanalytical Association).




 
 
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