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    JORNAL DIGITAL DOS MEMBROS, ALUNOS E EX-ALUNOS
    30 Setembro 2014  
 
 
O MUNDO, HOJE

SECRETARIA DE SAÚDE REGULAMENTA USO DE PSICOTRÓPICO PARA CRIANÇAS


EQUIPE DO BOLETIM ONINE

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS-SP) criou a Portaria nº 986/2014 que regulamenta a prescrição e distribuição de metilfenidato (psicotrópico dos conhecidos medicamentos Ritalina e Concerta) na rede pública.

Segundo estudos apresentados pela ANVISA, o consumo de metilfenidato aumentou 75% entre crianças e adolescentes de 6 a 16 anos entre 2009 e 2011, principalmente em períodos escolares. Essa epidemia, de alcance mundial, tem preocupado profissionais de saúde, familiares e, finalmente, os órgãos responsáveis por implantar políticas públicas para a infância e a adolescência.

Selecionamos alguns links sobre esta discussão que vem circulando na mídia nos últimos meses.

Como salienta Mario Eduardo da Costa Pereira em entrevista à Folha de São Paulo, é preciso acompanhar de perto tal implementação, cuidando que esta não seja apenas administrativa, mas que convoque um movimento de implicação em toda a rede de atenção e cuidados à saúde da criança.

Julieta Jerusalinsky, em artigo para O Estado de São Paulo, assinala que se cabe aos médicos o direito e o dever de prescrever medicamentos, cabe às equipes multidisciplinares o trabalho de diagnosticar o sofrimento psíquico em crianças e adolescentes, com o cuidado de discriminar quando se trata de um problema, um sintoma, um transtorno, uma doença, e encaminhar a criança e seu entorno (família, escola) a um tratamento coerente.

Tanto na interessante entrevista de Janaína Diogo, Silvana Rabello e Maria Aparecida Moysés para o programa Educação Brasileira,  como na entrevista de Ilana Katz e Paulo Schiller à Folha de São Paulo, é possível acompanhar a discussão sobre a importância de não patologizar comportamentos e problemas da infância, conhecer o risco dos efeitos colaterais do uso abusivo dessa substância, e a potência e eficácia do trabalho interdisciplinar realizado quando a rede de serviços se mantém articulada.

Conheça ainda a longa palestra na qual o psiquiatra Fernando Ramos toma o TDAH como representante de um conjunto de transtornos considerados comuns em termos de prevalência, a fim de questionar: diagnóstico positivamente falso ou falsamente positivo? Gravado em agosto de 2014, o programa faz parte do módulo do Café Filosófico da CPFL sobre a medicalização da existência, cuja curadoria esteve a cargo de nosso colega Mario Eduardo Costa Pereira.


Educação Brasileira, em 11/07/2014: https://www.youtube.com/watch?v=cqoSWQiPMPs

Folha de São Paulo, em 09/07/2014: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/07/1483158-paulo-schiller-e-ilana-katz-nem-toda-agitacao-ou-desatencao-e-doenca.shtml

Folha de São Paulo, em 20/07/2014: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/07/1488684-remedio-nao-basta-para-hiperatividade-diz-medico.shtml

Estadão blogs: Criança em desenvolvimento, em 07/08/2014: http://blogs.estadao.com.br/crianca-em-desenvolvimento/a-era-da-palmatoria-quimica-responsabilidade-social-e-medicalizacao-da-infancia/

Estado de São Paulo, em 11/08/2014:
http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-registra-aumento-de-775-no-consumo-de-ritalina-em-dez-anos,1541952

Café Filosófico, em agosto de 2014:
http://www.cpflcultura.com.br/wp/2014/09/01/tdah-diagnostico-positivamente-falso-ou-falsamente-positivo-com-fernando-ramos/



 
 
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