GRUPOS DE TRABALHO

FAMÍLIAS NO SÉCULO XXI


Estudar famílias em suas diferentes configurações e desafios implica um mergulho na constituição subjetiva, jurídica, histórica, contemporânea e ancestral. Afinal, o que é uma família? A quem é permitido ser, ter, viver em uma família? E o que dizer sobre "famílias" em meio ao "século XXI"? Nossos estudos, iniciados em 2015, não buscam respostas conclusivas, mas um ponto de partida para novas perguntas. Um ponto que justamente coloca em questão uma suposta universalidade da família e que convoca a descolonizar nossa escuta, fundamentalmente a partir da psicanálise, mas com aportes de outros saberes.

 

Vivemos tempos de ódio, preconceito, racismo e violência. Um tempo que talvez não seja tão diferente de séculos de nossa história colonial de escravização de pessoas negras e indígenas, de desigualdade e de exclusão, mas que tem a urgência de dar voz e lugar para aqueles que seguem silenciados e invisibilizados. Tal violência não atinge os sujeitos isoladamente, seu modo de vivenciar o corpo e a sexualidade, mas atinge também as possibilidades de parcerias amorosas e de novos arranjos familiares.

 

Nossa proposta de estudo é ampliar reflexões a respeito das complexas questões contemporâneas sobre famílias. Colocando a suposta universalidade da família brasileira em questão, abrimos um espaço de interlocução interdisciplinar sobre violência, desigualdade e exclusão na interseccionalidade de raça, classe e gênero.

 

Acreditamos que o reconhecimento, a visibilidade e a circulação das palavras podem contribuir no enfrentamento de práticas de ódio e de exclusão, cabendo à psicanálise reafirmar e sustentar uma práxis fundada na libido.

 

Para tanto, o grupo de trabalho e pesquisa Famílias no século XXI, organizado horizontalmente, tem como objetivos:

 

- Estudar o tema na sua interface com a Educação, o Direito, a Medicina, a Antropologia;

- Escrever textos e divulgar sua contribuição;

- Propor interlocuções com profissionais de outras áreas;

- Discutir casos, filmes, livros.

 

O grupo apresentou o trabalho "A família em desordem?" no evento Entretantos 2, de 2016, publicado no site do Departamento.

 

Em 2023, organizou o evento "Famílias brasileiras subindo a rampa: cada uma delas existe e é importante para nós", dedicado a colocar em questão a universalidade da família brasileira através de um debate interdisciplinar sobre violência, desigualdade e exclusão na interseccionalidade de raça, classe e gênero.

 

Ainda em 2023, no evento Entretantos 3, coordenou a roda de conversa sobre o trabalho clínico em contextos de desproteção social: "A escuta de crianças, adolescentes e famílias em acolhimento institucional, a partir da experiência do Instituto Fazendo História - Programa Com Tato" e as "Reflexões sobre violência, desigualdade e exclusão na interseccionalidade de raça, classe e gênero através do atendimento e supervisão no projeto Escuta CRUSP".

 
Encontros
quinzenais remotos, às segundas e quartas sextas-feiras, das 14h30 às 16h00.
 
Integrantes
Adriana Elisabeth Dias, Ana Raquel Bueno Moraes Ribeiro, Andrea Nosek, Carmen Alvarez Costa Carvalho, Célia Klouri, Fátima Ferreira Gonçalves, Isabella S. B. Dal Molin, Maria Cristina Petry Barros Martinha, Marília Campos Oliveira e Telles, Sandra Grisi, Tera Leopoldi, Therezinha Gomes e Vivian Salles Alvarez. 
 

Interlocutora

Célia Klouri (celiaklouri@yahoo.com.br)


Articuladora da Área de Formação Contínua:
Cristina Ribeiro Barczinski

 

Texto Entretantos, 2014

 

Atividades Internas (Sala e datas das reuniões). 



 


 

   
Departamento de Psicanálise - Sedes Sapientiae
Rua Ministro Godoi, 1484 - 05015-900 - Perdizes - São Paulo - Tel:(11) 3866-2753
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