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Resumo

A LINGUAGEM INFANTIL NA PERSPECTIVA DA PSICANÁLISE

Autoras:

Lilian Cristine Ribeiro Nascimento
(Clínica Vida - Campinas/SP)
Fonoaudióloga, doutora em Educação pela Unicamp, docente em cursos de psicopedagogia do UNASP e da UNIFEOB, coordenadora do curso de pós-graduação em LIBRAS e educação de surdos da UNIBEM, promovido pela ATUALIZE

Francisca Paula Toledo Monteiro (Clínica Vida - Campinas/SP)
Pedagoga, atuante na clínica com crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem - psicanálise aplicada - mestre em Educação pela FE/Unicamp, docente nos cursos de Pedagogia na Faculdade Pitágoras de Jundiaí, na pós-graduação da PUC Minas Poços de Caldas e nos cursos de formação de professores alfabetizadores do município de Monte Mor, pela Ensinart.

Neste trabalho pretendemos abordar as dificuldades apresentadas por crianças na linguagem oral e escrita na perspectiva da psicanálise.

Para Freud o inconsciente manifesta-se pela linguagem: atos falhos, lapsos, sonhos e sintomas e chistes.

Para Lacan O inconsciente é estruturado como uma linguagem (1972). Este famoso enunciado é seguido de outra formulação:  A linguagem é a condição do inconsciente . Desta forma, compreendemos que a criança não aprende a falar, mas é constituída como sujeito pela linguagem, o grande Outro (materno).

No trabalho fonoaudiológico e pedagógico realizado na clínica, observamos muitos casos de crianças que, mesmo na ausência de alterações orgânicas, não falam; falam com características não esperadas para a idade;  não aprendem a ler e a escrever. Analisamos de que modo estas manifestações se apresentam na criança como conflitos psíquicos.