O lugar do Pai na Seletividade Alimentar Infantil.
Carolina Escobar de Almeida Prado |
|
Resumo Tive a oportunidade de trabalhar como psicóloga em um ambulatório na Universidade Federal de São Paulo, no qual crianças e adolescentes apresentam queixas de Recusa e Seletividade Alimentar. A partir dos atendimentos efetuados com as crianças seletivas e seus cuidadores (mães e pais) pude perceber que o vínculo estabelecido entre as duplas mãe-criança é marcado por mútua dependência e pouca diferenciação; além disso, cabe ressaltar que a função paterna, que poderia contribuir para a separação das duplas, raramente fez-se presente. Por outro lado, por parte da criança, há uma marcante busca pela diferenciação caracterizada justamente pelo “não”, pela recusa em aceitar o alimento ofertado. Busco valer-me desta experiência para contribuir com o debate a respeito da função paterna e suas possíveis implicações em casos como os descritos.
|