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Trabalhos

A adoção e a escuta Psicológica: grupos com pais e filhos por adoção

Denise Sanchez Careta
Mestre e Doutora em Psicologia Clínica pela USP. Coordenadora do Núcleo de Abrigos do LAPECRI – Laboratório de Pesquisa sobre o Desenvolvimento Psíquico e a Criatividade em diferentes abordagens psicoterápicas - USP. Psicoterapeuta de Crianças, Adolescentes, Adultos e Casais, com orientação psicanalítica. Supervisora Clínica. Coordenadora dos Grupos Psicoterapêuticos de Adoções.

Ivonise Fernandes Da Motta
Professora Doutora do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da USP. Orientadora do Programa de Pós Graduação do Departamento de Psicologia Clínica do IPUSP. Supervisora do Curso de Especialização em Psicoterapia Psicanalítica do IPUSP. Psicoterapeuta de crianças, adolescentes e adultos com orientação Psicanalítica. Coordenadora do “LAPECRI – Laboratório de Pesquisa sobre o Desenvolvimento Psíquico e a Criatividade em diferentes abordagens psicoterápicas”.

Resumo

A adoção configura um processo de construção, cujos vínculos afetivos se constroem ao longo do tempo pelas relações afetivas experimentadas entre os filhos e seus pais. Seguindo Winnicott, desenvolvemos encontros psicológicos em grupo, quinzenais, com pais e, paralelamente, com os filhos adotivos. No grupo de pais, destacavam-se angústias depressivas, de separação, atreladas às próprias vivências infantis e também pela ausência da gestação biológica. Os filhos comunicavam angústias de abandono e de separação, bem como aspectos agressivos, direcionados à figura feminina que recebia os sentimentos de ódio. Concluímos que os grupos psicoterapêuticos simultâneos com pais e filhos pela via da adoção foram eficazes como espaço de escuta e possibilidade de elaboração de conflitos, ainda que desenvolvidos com frequência reduzida.

Palavras-chave: Adoção, D. W. Winnicott, Famílias Adotivas, Grupos Psicoterapêuticos.