A adoção e a escuta Psicológica: grupos com pais e filhos por adoção
Denise Sanchez Careta Ivonise Fernandes Da Motta |
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Resumo A adoção configura um processo de construção, cujos vínculos afetivos se constroem ao longo do tempo pelas relações afetivas experimentadas entre os filhos e seus pais. Seguindo Winnicott, desenvolvemos encontros psicológicos em grupo, quinzenais, com pais e, paralelamente, com os filhos adotivos. No grupo de pais, destacavam-se angústias depressivas, de separação, atreladas às próprias vivências infantis e também pela ausência da gestação biológica. Os filhos comunicavam angústias de abandono e de separação, bem como aspectos agressivos, direcionados à figura feminina que recebia os sentimentos de ódio. Concluímos que os grupos psicoterapêuticos simultâneos com pais e filhos pela via da adoção foram eficazes como espaço de escuta e possibilidade de elaboração de conflitos, ainda que desenvolvidos com frequência reduzida.
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