O papel do universo mito-simbólico ante a curiosidade sexual das crianças
Maria Teresa de Melo Carvalho: Psicóloga pela UFMG; doutora em Psicanálise pela universidade de Paris VII; professora do curso de especialização em teoria psicanalítica da UFMG. |
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Eixo temático: Sexualização da infância Resumo A evolução dos costumes em nossas sociedades, fortemente marcadas pelos ensinamentos da psicanálise e de outras disciplinas das ciências humanas, levou a uma mudança de postura dos adultos no que diz respeito ao esclarecimento sexual das crianças. O recurso às lendas ou mitos tem sido cada vez mais relegado ao desvão das atitudes ultrapassadas para dar lugar às explicações centradas na “verdade” sobre a sexualidade. Dizer a verdade às crianças em resposta à sua curiosidade sexual foi a primeira recomendação de Freud no artigo que escreveu sobre o tema, afirmando que as respostas evasivas dos adultos acarretam a desconfiança das crianças e estão na origem dos primeiros conflitos psíquicos. Entretanto, no final de sua obra, constata que mesmo as respostas corretas dos adultos têm o efeito de ocasionar uma dissociação na mente da criança que não as assimila prontamente e continua com suas antigas teorias sexuais.
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