Alinhando Pesquisa Socionômica à Pesquisa-Ação Existencial

Mariângela Wechsler

 

Caro leitor,

Obrigado à Silvia, primeiramente, pelas oportunidades e paciência.. e ao leitor pelo acompanhamento.

Nos textos anteriores, falamos sobre a co-responsabilidade do pesquisador-psicodramatista no campo de pesquisa; sobre o encontro de subjetividades que torna possível as transformações de todos os envolvidos; de uma pesquisa como atividade social e política, portanto ideológica, cujo vértice mora na “escuta” sobre a necessidade da demanda. Falamos de uma pesquisa que está muito longe de uma neutralidade, da perspectiva do pesquisador, e, neste sentido, de uma pesquisa orientada por fundamentos muito diferentes do modelo positivista. No entanto, alertamos para o fato de ao sermos seres históricos e formados num caldo acadêmico, ainda positivista, poderíamos estar atualizando os pressupostos deterministas em Cena , fechando possibilidades para vértices virtuais, possíveis e inusitados oriundos de uma co-criação.

Desse modo, ao caracterizarmos o processo educativo/psicoterápico como o objeto passível de pesquisa, cuja natureza social nos demanda a co-responsabilidade pelas conseqüências, estamos alinhando a Pesquisa Socionômica à Pesquisa-Ação Existencial, proposta por Barbier (2000) e alertando o pesquisador-psicodramatista para a importância do cultivo, que inicia nele próprio, de transformações contínuas de ator para autor social.

No próximo texto explicitaremos mais estas articulações, da perspectiva dos métodos. Não percam....!!!!

 

Referências Bibliográficas:

Barbier, René. A pesquisa-Ação. Edit. Plano, Brasília, 2000

Wechsler, Mariângela P. Fonseca. A Pesquisa-Ação e os Métodos Socionômicos: uma conexão possível. In: Anais IV Congresso Brasileiro de Psicodrama, Minas Gerais, 2004

 

Julho 2007

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