Maria Dolores Toloi
Conflito e Conjugalidade são temas presentes no dia a dia de nossos consultórios e na mídia, em geral, quando são abordados assuntos sobre os relacionamentos afetivos construídos ao longo do ciclo da vida adulta. Poucas idéias e crenças estão baseadas em estudos capazes de desmitificar as concepções e crenças na complexidade dos ajustes conjugais. Desta forma, pretendo apresentar os resultados de algumas pesquisas sobre esta controvertida área.
Em relação às questões de gênero, Hetherington e Kelly (2002), a partir de estudos longitudinais realizados com 1400 famílias, ao descreverem os motivos de insatisfação nos relacionamentos conjugais, enfatizam que os conflitos nem sempre são bons preditores de separação. Assinalam que homens e mulheres dão diferentes significados para as questões da conjugalidade, sendo que, para as mulheres a intimidade implica em ternura e afetividade, enquanto para os homens, em prover ou simplesmente estar com a parceira.
Os autores consideram as diferenças de gênero conforme a maneira com que os homens e mulheres expressam e avaliam as questões referentes às emoções e comunicação; sexo e fidelidade; trabalho e dinheiro; o tolerável e o intolerável no relacionamento, além do fato de que o nível de satisfação conjugal muda através do tempo para um mesmo casal. Eles identificaram diferentes tipos de casamentos baseados nas distintas maneiras com que os casais expressam suas emoções, solucionam os problemas, se comunicam e lidam com as tarefas domésticas. Enfatizam que, dentre os padrões de conjugalidade avaliados, dois tipos são os menos propensos à separação:
Maiores informações na tese de Doutorado disponível em www.dominiopublico.gov.br
agosto 2008
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