ARTIGOS

O toque como um acesso ao psicossoma


Touch as an access to the psychosome
Luiz Fernando Bertolucci

RESUMO
O surgimento espontâneo do relato de memórias biográficas durante a terapia manual (Toque de Tensegridade) sugere seu papel como auxiliar no acesso ao psicossoma. Este artigo descreve as observações clínicas que levaram ao desenvolvimento desta modalidade, originalmente empregada para o tratamento de dores crônicas musculoesqueléticas e caracterizada por estimular mecanismos de autorregulação da classe da pandiculação (espreguiçar e bocejar). Especula ainda sobre os possíveis mecanismos subjacentes à “memória corporal” e à possibilidade de o toque auxiliar na integração da psique ao soma.

Palavras-chave: Memória corporal, Terapia manual, Sistema fascial, Tensegridade, Espreguiçar

ABSTRACT
The spontaneous emergence of biographical memories reports during manual therapy (Tensegrity Touch) suggests its role in helping to access the psychosome. This article describes the clinical observations that led to the development of this modality, originally to treat chronic musculoskeletal pain and characterized by stimulating pandiculation-like self-regulation mechanisms (“morning stretch” and yawning). It also speculates about the mechanisms underlying the “body memory” and the possibility of the touch as an auxiliary in the integration of psyche and soma.

Keywords: Body memory, Manual therapy, Fascial system, Tensegrity, Pandiculation,.


 

Introdução

            A unicidade que caracteriza o ser humano é hoje noção inconteste. O corpo e a mente são aspectos indissociáveis do ser - o psicossoma -, e os terapeutas "do corpo" e os "da mente" devem assim considerá-lo na lida com as patologias.

            Este artigo descreve a descoberta de um tipo de toque terapêutico que, possivelmente, também é capaz de acessar o psicossoma.

            Estudei Biologia, Medicina (fisiatria) e Rolfing, um método de otimização da postura e dos movimentos baseado em técnicas manuais de "liberação miofascial". Este tipo de toque direcionado às fáscias (os tecidos que recobrem os músculos e os órgãos) libera os músculos de adensamentos e aderências que dificultam o movimento, o que é possível graças à plasticidade das fáscias. Encontrei no Rolfing um poderoso recurso na reabilitação de pacientes com dores musculoesqueléticas e, depois de alguns anos de atividade clínica, tenho deparado com fenômenos inusitados.

            É comum que fisiatras recebam casos crônicos de difícil manejo. Foi procurando, com o toque, maneiras eficazes de produzir a liberação miofascial nesses pacientes (este era o conteúdo consciente) que, inconsciente e progressivamente, passei a utilizar uma associação particular de forças manuais. Foi uma mudança gradual, que não percebi, e os próprios colegas "rolfistas" me alertaram para tal particularidade. Curioso com tais comentários, dediquei-me a caracterizar essa forma de tocar, o que culminou num estilo específico, denominado Toque de Tensegridade - TT, que hoje emprego, ensino e pesquiso junto a uma equipe de pesquisadores ligada ao LEM (Laboratório de Estudos do Movimento) do IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

            A primeira característica que observei nesse tipo de manipulação é a integração dos segmentos corporais que ela produz. Uma combinação de forças manuais une os segmentos do corpo, que passa a comportar-se mecanicamente como um todo. Isso pode ser observado visualmente durante oscilações diagnósticas induzidas pelo terapeuta (BERTOLUCCI, 2020, vídeo 1)

            Se imaginarmos o sistema fascial como uma "roupa" que veste todo o corpo, seria como se o terapeuta a tensionasse de forma a engajar todo o sistema. Tal condição mecânica é definida como tensegridade (integração pela tensão), propriedade hoje considerada um modelo inovador na compreensão da biologia dos seres vivos de forma geral (INGBER, 2014).

            No corpo humano, a tensegridade é possível graças ao papel integrador do sistema de fáscias (SCARR, 2018) e está associada à boa qualidade dos movimentos e da postura, já que "monta" o corpo corretamente.

            Curiosamente, a manutenção, pelo toque, da condição de tensegridade produz uma atividade muscular involuntária (BERTOLUCCI, 2008; BERTOLUCCI, 2010). Os músculos exibem uma atividade tônica (contração mantida), o que aumenta ainda mais a tensão nas fáscias e, assim, a tensegridade. Ou seja, criar a tensegridade pelo toque parece "convidar" o sistema do paciente a participar de forma autônoma, acentuando um efeito mecânico (tensegridade) inicialmente induzido pelo toque do terapeuta.

            Em alguns pacientes, essa atividade muscular involuntária é intensa o suficiente para produzir movimentos involuntários. Qual seria o mecanismo subjacente a esse fenômeno inusitado? Os padrões desses movimentos são semelhantes àqueles observados no espreguiçar e vêm frequentemente acompanhados de bocejos. Ambos, espreguiçar e bocejar, compreendem um só comportamento denominado pandiculação (pandiculare, em latim = estirar, expandir). Assim, a pandiculação foi adotada como modelo teórico para explicar tal fenômeno.

            O estudo da pandiculação revela sua natureza autorreguladora (BERTOLUCCI, 2011). De fato, as fáscias tendem a enrijecer-se caso não haja movimento. Elas estão num constante processo de remodelação, no qual refletem os estímulos mecânicos a que têm sido sujeitas. As ligações químicas da substância fundamental (gelatinosa) e do colágeno (fibrilar) são guiadas pelo movimento (ou pela falta dele); ou seja, as fáscias refletem, continuamente, a história da expressão motora. Por exemplo, acordamos mais rígidos do que quando fomos dormir por termos ficado imóveis durante o sono.

            A compensação natural para esse enrijecimento é a pandiculação, que, ao induzir movimento nos tecidos deslizantes (tecido conjuntivo areolar ou frouxo), restabelece a lubrificação e, assim, a fluidez e o bem-estar ao movimento. O espreguiçar também ativa o sistema tônico postural que ficou desativado na fase REM do sono. Em suma, o corpo "desmonta" e se enrijece durante o sono, e a pandiculação "monta" novamente o corpo (restabelecendo a tensegridade), lubrificando os tecidos deslizantes e funcionando como um verdadeiro reset autonômico da função motora.

            As fáscias formam a MEC (matriz extracelular), que é o ambiente onde vivem as células. Na MEC circula o fluido intersticial, que renova constantemente o "banho" no qual as células estão imersas. Os padrões de movimento têm influência direta nesse fluxo, determinando a potencialidade metabólica e o estado de nutrição das células aí contidas.

            Em condições fisiológicas, a função de interocepção monitora o metabolismo tecidual sobre as condições locais. Por exemplo: má nutrição celular causada pela falta de movimento é sentida como desconforto, informando o sistema nervoso central, que então produzirá a pandiculação, restabelecendo as condições fisiológicas da MEC naquela região.

            Assim como o sono mantém imóvel todo o corpo, partes dele podem permanecer relativamente imóveis mesmo durante a vigília, dependendo dos padrões de movimento que expressamos. Padrões viciosos e limitados resultam numa MEC com áreas rígidas e menos permeáveis ao fluxo líquido, limitando a nutrição celular. Tal condição pode levar, com o tempo, ao sofrimento e à lesão dos tecidos (de diferentes tipos) e, consequentemente, a dores crônicas.

            Por exemplo, um padrão respiratório torácico alto e curto (frequentemente associado ao estresse), cronicamente instalado, mobiliza apenas algumas áreas de tecido deslizante, deixando de estimular as demais áreas (por exemplo, ao redor do diafragma), que enrijecerão, comprometendo a saúde das células. Além disso, as fáscias cronicamente rígidas podem impedir fisicamente a respiração livre e plena (como um cinto apertado), que, por sua vez, se associa a experiências subjetivas de mal-estar correspondentes. Curiosamente, a pandiculação é acompanhada de uma experiência interoceptiva de valência positiva (é prazerosa), cuja importância veremos mais adiante.

            Além das respostas acima descritas, observam-se também aumento dos movimentos peristálticos, mudança no padrão respiratório (com expirações mais longas, por exemplo), pestanejar das pálpebras e movimentos lentos do globo ocular (BERTOLUCCI, 2020, vídeo 2).Ocorrem também flutuações no estado de consciência, frequentemente uma diminuição da vigília (o estado crepuscular, entre sono e vigília), perda momentânea da orientação espaçotemporal, entre outras experiências sugestivas da mudança do estado do sistema nervoso autônomo (SNA). Ao retornar à vigília, os pacientes costumam relatar que sentem bem-estar e estar descansados.

 

Ativando a "memória corporal"?

            Outro aspecto curioso, e a principal razão deste artigo nesta publicação, é o relato de lembranças biográficas que até então não tinham aparecido no processo terapêutico, como exposto a seguir.

            Caso 1. Paciente do sexo feminino, 70 anos, com dor lombar crônica há 15 anos. Ao longo das sessões experimentou melhora, mas os sintomas tendiam ao recrudescimento. Numa sessão, ao trabalhar a região posterior do joelho, numa alteração tecidual palpável, repentinamente a paciente se lembrou de uma queda de bicicleta quando tinha 7 anos de idade e que "teve que ir ao hospital e costurar o tendão". O trabalho de manipulação pormenorizado no local seguiu-se da melhora sintomatológica mantida.

            Caso 2. Paciente do sexo feminino, 52 anos, com histórico de violência e outros traumas familiares importantes desde a infância. Apresentava dores crônicas no dimídio D (braço, pescoço e quadril) e incapacidade de realizar atividades físicas, o que valorizava muito. Submetida a diversas terapias anteriores, obtinha melhoras pontuais e não sustentadas. Ao longo da terapia com TT, começou a ter "insights sobre a própria história"; sentiu estar tratando "impregnações que tem no corpo". Viu a possibilidade de "consertar a parte corporal, que é a base para a parte emocional", e que o trabalho vinha "devolvendo-a a um lugar de origem" em que experimentava a "reconstituição de fato da harmonia e paz corporais", trazendo-a para a sua "essência, como era antes dos traumas".

            Caso 3. Paciente do sexo feminino - tratada por uma médica que trabalha com psicossomática psicanalítica e terapeuta de TT - aposentada, 64 anos, com queixa de dor crônica nas costas desde os 20 anos. Na anamnese, dizia que "não tinha nada", e o único problema era "esta maldita dor". Ao ser trabalhada pelo toque, começou a recordar-se de fatos pregressos possivelmente relacionados à dor, demonstrando necessidade de falar sobre eles, o que deu chance da ressignificação de suas experiências durante as sessões de psicossomática psicanalítica com a médica que a tratava.

            No seguimento de séries de sessões de pacientes com dores crônicas, via de regra, observam-se também melhoras de funções autonômicas, como qualidade do sono, sintomas viscerais (por exemplo, dificuldade respiratória, azia, do hábito intestinal, do ciclo menstrual), a retomada do hábito da pandiculação, entre outras.

            O conjunto das observações acima descritas sugere que esta abordagem manual possa agir em mecanismos de autorregulação, aparentemente restabelecendo as flutuações normais do sistema nervoso autônomo, alteradas em condições dolorosas e de estresse crônico. Além disso, a surpreendente emergência de memórias biográficas sugere seu potencial papel no acesso ao psicossoma.

 

O sistema nervoso autônomo e a manutenção da vida

            Ao longo da escala filogenética, a manutenção da vida é garantida por comportamentos homeostáticos: ações motoras baseadas nas necessidades biológicas e na percepção do meio. Por exemplo, um organismo unicelular aquático, pela quimiotaxia, afasta-se de substâncias tóxicas e aproxima-se do alimento. O aparecimento do sistema nervoso tornou tais comportamentos mais complexos e, no caso dos mamíferos, passaram a associar-se às emoções - os denominados comportamentos emocionais -, codificados no sistema límbico (HOLSTEGE,1992).

            Desequilíbrios homeostáticos acarretam uma experiência sensorial desagradável e, de forma correspondente, sua correção recompensa o organismo com uma experiência agradável. Por exemplo, sentir sede ou fome é desagradável (nocicepção), e matar a sede e a fome é agradável (benecepção). Analogamente, uma postura viciosa produz um estímulo nociceptivo (dor, desconforto, rigidez), que é então substituído pela benecepção (o alívio) que acompanha o espreguiçar. Esses estados polares são muito poderosos como guias dos comportamentos homeostáticos.

            No caso do ser humano, temos a base límbica dos comportamentos emocionais, mas, socialmente aculturados, somos "educados" a inibir parte deles a partir de uma atividade cortical. Por exemplo, espreguiçar e bocejar em público é considerado falta de educação, e aprendemos a suprimi-los (o que nem sempre está de acordo com a biologia individual). Ademais, temos hora para acordar, comer, exercitarmo-nos, independentemente do estado da nossa homeostase naqueles momentos. Isso cria um potencial desequilíbrio biológico, especialmente intenso em casos de traumas, nos quais o organismo se ativou para uma ação (por exemplo, luta ou fuga), mas não pôde expressá-la. Essa ativação pode manter-se anormalmente, o que leva ao estresse crônico, a padrões motores viciosos e a dores crônicas. Além disso, traumas físicos criam fibroses e aderências no sistema fascial, que alteram os padrões motores e contribuem para os quadros dolorosos.

            Assim, a dor é um sinal positivo, já que informa ao sistema sobre o desequilíbrio em questão, dando elementos para que os mecanismos autorregulatórios produzam a resposta adequada. No entanto, na nossa sociedade, a dor é, em geral, tida como uma experiência indesejável, que deve ser "extirpada" per se, mesmo antes de que nosso sistema tenha a chance de processá-la e entendê-la e, a partir daí, exprimir o respectivo comportamento homeostático de correção.

            Na prática clínica, é interessante observar como as experiências nociceptivas são progressivamente substituídas por sensações de valência positiva (inclusive a "dor boa"); tais percepções auxiliam sobremaneira na repadronização dos movimentos. A exploração da valência hedônica das sensações corporais é o principal meio, nesta metodologia, de instrumentalizar o paciente no seu autocuidado, isto é, o movimento e as posturas "corretos" são aqueles associados ao bem-estar.

 

Comunicação pelo toque?

            Os segmentos corporais podem comunicar-se quando o sistema fascial exibe tensegridade (a chamada comunicação morfológica). Como uma forma de "inteligência estrutural", hoje se acredita que tal fonte de informação participa, ao lado dos mecanismos neurais, do controle dos movimentos (VALERO-CUEVAS, 2007). Isto é, o nosso corpo também é inteligente, tanto mais quanto maior for a integração das suas partes.

            Surpreendentemente, esse tipo de comunicação parece poder ocorrer também entre terapeuta e paciente. A criação da tensegridade pelo toque a faz surgir simultaneamente em ambos, criando um sistema único de tensegridade em que a experiência subjetiva compartilhada é de adequação, de que aquela condição produzida pelo toque está certa (tem valência hedônica positiva).

            Surge também uma sensação de firmeza, em que ambos experienciam benecepção por poderem relaxar a musculatura voluntária (de controle cortical), possivelmente abrindo espaço para que os mecanismos autorreguladores autonômicos e inconscientes possam agir mais livremente. É comum os pacientes relatarem que o corpo está "indo para o lugar certo", que está "consertando", "que o problema é aí" e experiências semelhantes de benecepção.

            Pode-se especular que a estimulação de áreas corporais com alterações fasciais, sob a condição da tensegridade, (e portanto funcional) produza informações (morfológica e neural) renovadas, criando assim uma nova "oportunidade" para a expressão de respostas autorreguladoras que, por motivos diversos da história individual, não estiveram disponíveis.

            Tais observações sugerem que possa haver uma forma de comunicação inconsciente através do toque. Uma vez por ele conectados, paciente e terapeuta formam um único sistema, que se deixa guiar pelas respostas espontâneas que surgem da relação de seus corpos, resultando em um maior nível de integração estrutural.

            É notável o paralelismo entre esse curioso fenômeno e a descrição feita, inicialmente por Freud, da possibilidade de o inconsciente do terapeuta comunicar-se e auxiliar o inconsciente do analisando no processo de integração de conteúdos inconscientes, como aponta Nazareth (NAZARETH, 2017). Haveria um mecanismo análogo, porém de ordem do psíquica, em que o inconsciente do terapeuta de psicossomática psicanalítica age espontaneamente sobre o psiquismo do paciente, levando a  um maior nível de integração psíquica? A integração da estrutura corporal e da estrutura psíquica poderiam estar imbricadas?

            O aparecimento de memórias afetivas durante o toque sugere que, de alguma forma, o corpo tenha um papel na sua formação e resgate. Seria uma hipótese plausível se considerarmos o modelo dos circuitos neurais convergentes-divergentes propostos por Damásio (DAMÁSIO, 2012). Neste modelo, as informações sensoriais e/ou motoras produzidas durante a percepção de um objeto ou evento são armazenadas como associações de modalidades sensoriais em regiões cerebrais específicas. A experiência, num momento futuro, de algumas percepções semelhantes (ao ouvir uma música ou fazer um movimento, por exemplo) dispararia a reconstrução de mapas sensório-motores, de várias modalidades, semelhantes aos originais, criando assim a lembrança do evento ou objeto. Podemos especular que o estímulo manual de certas regiões e/ou que os arranjos mecânicos criados durante a sessão possam evocar a reprodução de mapas somatossensoriais semelhantes aos originais, levando a lembranças históricas. Além disso, a fáscia se comporta como um cristal líquido, sendo, portanto, teoricamente passível, ela mesma, de armazenar informações (SCHLEIP et al, 2012). De fato, o aparecimento de memórias pregressas é frequentemente referido, de forma anedótica, no meio das terapias somáticas como um todo. O que estamos observando é que esse efeito parece ser particularmente frequente e intenso durante o Toque de Tensegridade.

            O cérebro e o corpo coevoluíram na escala zoológica, e é natural que funcionem em conjunto em todas as funções em que isso seja possível. Vimos essa cooperação em relação ao controle do movimento, e talvez haja algo similar em relação à memória. Ademais, a própria mente, se considerada como produto da função cerebral, tem tido suas raízes no corpo cada vez mais reveladas pela neurociência.

            Talvez o toque seja um recurso capaz de evocar, a partir do corpo, a emergência do eu que aí habita, auxiliando no acesso à história individual. O conceito da "memória corporal" é um campo ainda pouco compreendido, e o sistema fascial, particularmente sob a condição de tensegridade, pode vir a mostrar-se um elemento condutor e integrador entre psique e soma. 


 


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ano - Nº 2 - 2020
publicação: 28-11-2020
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Autor(es)
• Luiz Fernando Bertolucci
Biólogo, médico fisiatra e profissional avançado de Rolfing. Professor de Anatomia Fascial e Liberação Miofascial Sistêmica da Associação Brasileira de Rolfing. Coordenador de Terapias Baseadas no Corpo e Manipulação do programa de pós-graduação do Hospital Albert Einstein. Criador do Toque de Tensegridade. E-mail: bertolucci.lf@gmail.com

Associação Brasileira de Rolfing®, São Paulo, Brasil

Referências bibliográficas

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