PUBLICAÇÕES

    JORNAL DIGITAL DOS MEMBROS, ALUNOS E EX-ALUNOS
    01 Junho de 2007  
 
 
NOTÍCIAS DO DEPARTAMENTO

O novo Conselho de Direção


No momento em que nosso Departamento passa a publicar um Boletim Eletrônico, vindo suprir a necessidade de circulação de informações entre nós, o Conselho de Direção gostaria de dizer algumas coisas sobre seu trabalho.

Assumir o Conselho de Direção de um departamento pujante, como é o nosso nesse momento – que, inclusive, já completou vinte e um anos - é o desafio de se inte-grar num processo em andamento.

Cada um de nós, articuladores de área, buscou referências com seu antecessor para saber o que vinha sendo feito em sua área, certificando-se de onde deveria partir, para apropriar-se da função e, a partir daí, ir construindo esta gestão.

As questões que chegam até o Conselho são inúmeras e dos mais variados tipos, provindas das diversas áreas. Elas exigem uma dinâmica de discussão e deliberação ajustada ao que é a própria dinâmica da sua configuração: os procedimentos, em todos os sentidos, necessitam de constante apreciação e, muitas vezes, de alteração em seu formato habitual.

Gostaríamos de descrever, de modo sucinto, as principais questões que nos têm chegado, dando, ao mesmo tempo, uma breve notícia da discussão que se tem travado em torno das mesmas e do encaminhamento que lhes tem sido dado.

1. O primeiro comunicado, como não poderia deixar de ser, refere-se ao próprio Boletim Eletrônico, cuja criação contou com a participação de Mario Fuks, articulador da área de Publicações, além de Lia Pitliuk, Natalia Gola e Sílvia Nogueira de Carvalho. É desnecessário dizer o quanto este veículo vem a suprir uma antiga necessidade, que se faz sentir desde que o antigo “Boletim do Departamento” deixou de circular.

2. Temos hoje quatro cursos no Departamento, cada qual com objetivos peculia-res. Como tais cursos se instituem a partir de propostas dos próprios membros, pensa-mos em colocar como tema a ser debatido os critérios para a inclusão de um curso no Departamento, tentando levar para o debate aspectos tais como a qualidade e a proce-dência de cada proposta, bem como a harmonia na coexistência dos cursos. A discus-são terá início na escuta dos próprios cursos, para o que o articulador da área, Flávio Carvalho Ferraz, está propondo reuniões de trabalho com os coordenadores de cada um deles.

3. As discussões sobre a regulamentação da psicanálise, em âmbito nacional, encontram-se avançadas. Nosso Departamento vem sendo representado por Ana Maria Sigal nas reuniões que ocorrem no Rio de Janeiro. Durante a gestão anterior do Conse-lho, também participava desta representação Sandra Navarro; atualmente o Conselho está tratando da escolha de uma nova pessoa que participe desta representação. Um livro que reflete as discussões até o momento está sendo preparado, mas ainda se dis-cute a forma de participação das Instituições representadas no mesmo. O Conselho formou uma pequena Comissão consultiva para discutir o capítulo do qual o Departa-mento ficou responsável. Silvia Alonso, articuladora da área de Relações Externas en-carregou-se de acompanhar esta questão em nome do Conselho.

4. A revista Percurso vem passando por dificuldades de ordem jurídica e contábil em sua relação com o Instituto Sedes Sapientiae, que, em virtude das particularidades legais de instituição filantrópica, inviabiliza a forma de distribuição, venda e assinatura da revista nos moldes praticados até então. O problema vinha sendo tratado desde março do ano passado pelo conselho anterior, e este conselho está dando continuidade à questão. Recebemos, logo no início da gestão, o parecer do advogado contratado pela Percurso, Welington P. de Medeiros, que fez uma análise da minuta do contrato propos-to pela AIJF e propôs encaminhamentos, que dependem de questões de ordem contábil, que estão sendo processados no momento. Mario Fuks e Antonieta Whately ficaram à frente do acompanhamento do problema junto com representantes da Percurso (parti-cularmente Renato Mezan e Zulmira Montiel). Lucía Barbero Fuks acompanha o desen-rolar da questão na qualidade de articuladora da área de Relações Internas. O Conselho entende que a resolução deste problema, com a plena viabilização da produção e da circulação da revista, é da maior importância, pois seu papel para a psicanálise brasileira tem sido inquestionável e, para o Departamento, ela é motivo de orgulho, além de estímulo à produção escrita de seus membros.

5. A prática de publicação de livros já vem há bastante tempo (desde 1997, com a publicação do livro Freud: um ciclo de leituras) refletindo nossa produção, tendo como ponto de partida e fonte dos trabalhos editados as atividades do Departamento em que tal produção é apresentada e discutida (ciclos de debates, colóquios e jornadas organi-zadas pelos cursos e grupos de trabalho e pesquisa). Atinge, assim, um espaço coletivo mais amplo, sendo também uma das formas pelas quais se dá o nosso reconhecimento público. Uma iniciativa importante nesse sentido, concretizada na gestão precedente, foi, também, a publicação de um livro com a história do Departamento; sob esta mes-ma gestão foi publicado o livro O sintoma e suas faces, pela Editora Escuta, com auxílio financeiro parcial da Fapesp. Essas publicações têm contado ora com financiamento do próprio Departamento, ora misto, ora externo. Ultimamente vem sendo proposta no Conselho a retomada da discussão das políticas de publicação, particularmente dos as-pectos científicos e financeiros que se consideram importantes para o fomento e a con-tinuidade desta atividade fundamental.

6. Está em via de criação um “Guia” do Departamento. Esta publicação destina-se a mostrar como se estrutura e funciona o nosso Departamento, em todas as suas áreas, bem como a fornecer as informações necessárias sobre os procedimentos e trâ-mites de acesso a cada uma delas, indicar quais são as pessoas que se encontram em cada cargo ou função, e fornecer uma lista geral de membros. A idéia é que se reedite periodicamente o Guia, a fim de atualizá-lo quanto à dinâmica de nosso funcionamento e suas regras. A área de Publicações está trabalhando ativamente nesse projeto. Tanto este projeto como o do boletim, que foram apresentados e aprovados conjuntamente no Conselho - para o qual Lia Pitliuk contribuiu na exposição da concepção geral e o modelo gráfico - interagem e se realimentam reciprocamente. Também estão sendo importantes para o necessário trabalho de re-ordenamento e otimização do site.

7. A área de eventos, sob a responsabilidade de Claudia Paula Santos, organizou uma agenda de todos os eventos aprovados e tem levado ao Conselho a necessidade de que a avaliação de cada proposta de evento que se receba seja analisada em relação a sua qualidade e procedência. Deste modo, estamos buscando instituir uma política de eventos que reflita nossa produção e que se ajuste às nossas necessidades, tendo como foco de orientação maior o interesse coletivo.

8. A relação do Conselho de Direção com os membros do Departamento, sejam plenos ou aspirantes, se faz através da Área de Relações Internas. Desde o começo deste ano, Daniela Danesi, articuladora de Formação Contínua, teve contato com os membros aspirantes para promover o processo de admissão, em função do vencimento, para um grupo grande de aspirantes, do período de dois anos de pertinência nessa condição. O Conselho decidiu, na reunião de 1°/Junho, que esta função continue, tem-porariamente, a cargo da colega da Área de Formação Contínua. Estamos implemen-tando um protocolo de procedimentos para a notificação dos prazos de pertinência e sua expiração, bem como de acompanhamento da trajetória dos membros aspirantes que desejem inscrever-se no processo de admissão com membro permanente. Muitos desses membros aspirantes participam de grupos de formação contínua, e sua condição de membro – ou de deixar de sê-lo - traz implicações sobre a observância das regras de preenchimento das vagas oferecidas. Pelas regras vigentes, apenas 10% das vagas de cada grupo de formação contínua podem ser ocupadas por não-membros.

9. Ainda na área de Formação Contínua, temos discutido a adequação da por-centagem que se admite de não-membros em cada um dos grupos. Como se trata de questão estatutária, pensamos em amadurecer um estudo sobre isso para, na ocasião possível, submetê-la ao coletivo. Para trazer maiores subsídios à discussão, a articula-dora da área está realizando um mapeamento completo de todos os grupos, concernen-te não apenas à sua composição, mas também ao seu modus operandi.

10. A área clínica passa, a partir de discussões coletivas no Departamento, a ser um recorte que busca seus contornos e atribuições. O desenho atual desta área concer-ne aos projetos para estágios dos cursos “Psicanálise” e “Conflito e Sintoma”, com atu-ação de alguns alunos na clínica do Instituto, privilegiando assim, através das supervi-sões, o enquadre institucional na ampliação e enriquecimento da formação. A partir de 2006, tivemos a inserção do Projeto de Investigação da Anorexia e Bulimia, com a rea-lização de atendimentos, também nesta clínica. Além dessa configuração, reconhece-mos as interseções existentes com outros grupos do Departamento que desenvolvem trabalhos de supervisão, discussão clínica, intervenções institucionais em equipamentos públicos, pesquisas com crianças, com grupos, com quadros psicopatológicos contem-porâneos e apresentação clínica no processo de admissão.

Frente a este quadro, a articuladora da área, Denise Cardellini, propõe uma in-terlocução com os diversos grupos do Departamento e, inclusive, com os coordenadores da Clínica do Sedes, para o estabelecimento de alguns eixos norteadores para a área clínica. Nossas discussões nos remetem à especificidade da clínica que produzimos no Departamento e às políticas desejamos criar em relação à clínica do Instituto e ao De-partamento vinculado às questões sociais.

11. Em relação à nossa organização, bem como à eficácia da comunicação com os membros e à divulgação de nossos trabalhos, estamos começando a produzir uma atualização dos endereços e e-mails. A mala-direta exige constante revisão, o que é algo trabalhoso. Pensamos em terceirizar tal tarefa, a fim de encontrar um sistema mais moderno e eficaz da gestão da comunicação. Além disso, temos repensado o sis-tema de divulgação de cada uma de nossas atividades, ou seja, que grupo de pessoas deve receber mensagens de naturezas diversas. Temos não só assuntos internos a co-municar, mas assuntos que dizem respeito a alunos em geral, a alunos de um determi-nado curso, a ex-alunos e ao público externo. Isso exige uma organização exaustiva do mailing.

12. Temos estabelecido uma interlocução com a Comissão de Admissão, através de sua representante no Conselho, Maria Auxiliadora Arantes, no sentido de acompa-nhar a sistematização de procedimentos que ali está sendo implementada. Há uma grande heterogeneidade na população que pede pertinência ao Departamento, que compreende desde ex-membros que tiveram intensa atuação, membros aspirantes, até pessoas que nunca passaram por nenhuma atividade do Departamento. A Comissão vem processando os pedidos de pertinência de novos membros e está elaborando um texto que sistematiza todos os procedimentos que historicamente foram consolidando o aprimoramento desta atividade.

13. Em relação à pesquisa no Departamento, estamos procurando pensar numa política consistente de dotação de verbas, tendo em vista a relevância de cada projeto e suas necessidades. A articuladora da área, Fátima Milnitzky, tem procurado levantar os trabalhos em curso, a fim de trazer subsídios para a discussão.

14. Estão ocorrendo mudanças no funcionamento do Conselho do Sedes, visando a uma maior participação dos presentes e não apenas a uma circulação de informes. A representante do Departamento no Núcleo de Departamentos do Instituto, Tera Leopol-di, tem participado das reuniões de modo a procurar inserir na pauta de discussões os temas que concernem aos interesses do Departamento de Psicanálise, visto que, de agora em diante, todos os setores do Sedes poderão apresentar sugestões de pauta. O primeiro tema de pauta do Núcleo foi o orçamento do Sedes. Assim, o Núcleo de Depar-tamentos começa a trabalhar as questões da pauta do Conselho, o que possibilita maior participação de nossos representantes. Na questão do orçamento, tem-se discutido a política financeira do Sedes, o que inclui não apenas o seu fluxo de caixa, mas também sua política de investimentos. Muitas atividades consideradas prioritárias pelos depar-tamentos, como divulgação e informatização, têm sido descuidadas por falta de recurso financeiro para sustentá-las. Além disso, o Núcleo está em fase de organização de uma comissão composta por representantes dos diversos departamentos com a finalidade de criar um projeto para a sistematização dos serviços informatizados no Sedes.



 
 
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