O mundo atual impõe pensar o sujeito político, o direito ao reconhecimento, a construção de subjetividades, a desconstrução de identidades. Impõe uma desmontagem dos tipos de identidade de gênero que excluem as singularidades que não se encaixam no cenário binário. Impõe, portanto um respeito aos corpos e uma revisão nos discursos que os constituem: medico/jurídico/social e também psicanalítico.
O evento do Grupo Generidades do Departamento de Psicanálise do Sedes Sapientiae que aconteceu no dia 9 de novembro de 2019 se propõe a pensar estas questões, contextualizando historicamente o campo discursivo da cultura, seus valores e ideais que definem as fronteiras do humano. Novas formas de ordenamento são sempre produzidas pela articulação entre as contingências das histórias individuais de vida e as ferramentas simbólicas da cultura a cada tempo da história.
Estaríamos prontos a pensar os impasses em torno da diferença sexual como uma afirmação da condição de radical indeterminação no campo da sexualidade? Ou a reconhecer nossa resistência à indeterminação e à negatividade, marcas do encontro do sujeito consigo mesmo, mediado e confrontado com um corpo desejante do outro? A pensar a construção da alteridade atrelada à possibilidade da multiplicidade? Sedes Sapientiae 09-11-2019
