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Em virtude do aumento de atendimentos de pacientes gêmeos no consultório e de motivações pessoais, as professoras e membros do Departamento Ada Morgenstern, Adela S. Gueller e Márcia Porto Ferreira constituíram, em 2010, um grupo de pesquisa chamado "Gemelaridade e reprodução assistida: novos desafios para a psicanálise".
Constituído inicialmente como um grupo fechado, em 2020 esse formato mudou ao ter firmada uma parceria de cooperação científica com o braço clínico da pesquisa Comportamento de Gêmeos, coordenado pelo Laboratório de Psicanálise, Saúde e Instituição (LabPsi-Usp). Desde então, o grupo passou a se chamar “Gemelar” e a ser composto por psicanalistas do LabPsi-USP e do Departamento. São eles: Ada Morgenstern, Adela S de Gueller, Gustavo Di Giorgi Ramos, Josseline Rodrigues Sanches, Juliana Pires de Campos Pedroso, Maycon Andrade Fraga, Paulina Mei, Taísa Martinelli e Vanessa Freitas.
Atualmente, o grupo está aberto para a participação gratuita de alunos do quarto ano de Psicologia da USP, mestrandos e doutorandos, bem como alunos do terceiro e quarto ano do curso de Formação em Psicanálise com Crianças e membros do Departamento.
Os participantes se comprometem a atender ao menos um paciente gêmeo, o que pode ser feito em consultório particular ou na Clínica Escola da USP. As reuniões do grupo ocorrem todas as terças-feiras das 13h às 14h30. Quinzenalmente os pesquisadores se encontram para estudos, leitura e escrita sobre o tema, intercalando, na outra quinzenalidade, a supervisão dos casos atendidos na presença das coordenadoras Ada Morgenstern e Adela Stoppel de Gueller.
Nesse trabalho de pesquisa, supervisões e escuta clínica desses pacientes, foi possível identificar que os efeitos da gemelaridade não são necessariamente os mesmos para todos os gêmeos, o que nos fez avançar em novas articulações para se (re)pensar as proposições teóricas da psicanálise no que diz respeito aos nascimentos de múltiplos e seus enlaces subsequentes.
Em muitos casos, compreendeu-se que certos traços apontavam para um profundo estreitamento do laço entre duas pessoas. No entanto, este estreitamento não aparece exclusivamente e/ou em todas as vivências de irmãos gêmeos, mas também em certas relações de crianças com amigos imaginários, em alguns modos de enlaces amorosos e de laços fraternos em pessoas não gêmeas. Tais fenômenos foram denominados pelo grupo de “experiências gemelares” e, a partir daí, foi possível pensar em direções de tratamento que não partissem da lógica do ímpar, mas que considerassem a função da dupla na constituição subjetiva daquele sujeito.
O "Gemelar" tem trabalhado em torno desta temática, compartilhando-a através de artigos, eventos científicos, encontros clínicos e está aberto para quem mais tiver interesse nessas discussões. |
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INFORMAÇÕES:
Para mais informações, entre em contato através do email: grupogemelar@gmail.com
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