"uma bolha de sabão é mesmo imprecisa, nem sólida, nem líquida, nem realidade, nem sonho. Película e oco." Lygia Fagundes Telles

É pela figura da bolha de sabão que Maurício Porto desenha as verdades e a beleza poética do fazer psicanalítico de Jean Oury. A lida com o precário, com o impreciso, a possibilidade da espera, o fragmentário são pilares éticos presentes na forma de trabalhar e pensar de La Borde e no relato de Solange Oliveira sobre sua intervenção no programa Braços Abertos, a partir do qual preparamos um dossiê sobre a Cracolândia.

O pensamento sobre o coletivo e a invenção de formas de atuação ampliadas participam também dos textos que tratam do evento com Gaillard - que se debruça sobre as questões do narcisismo e da alteridade - e do encontro com Dejours, que trouxe sua pesquisa e seus estudos sobre o trabalho no contemporâneo.

Ainda às voltas com o espaço comum, alguns artigos analisam fenômenos contemporâneos como os selfies e as revelações sobre a agência de segurança americana.

Nossa edição 29 se incompleta com o lançamento de Psicanálise entrevista, as boas vindas a Daniel Lirio e Marcelo Cruz ao Departamento, a homenagem a Gabriel García Márquez e a estimulante entrevista com Pedro Heliodoro, coordenador da tradução de uma coleção de Freud, de psicanalistas para psicanalistas. Assim como esse nosso Boletim.

Boas leituras!
Com abraços da

Equipe editorial
Cristina Barczinski, Elaine Armênio, Maria Carolina Accioly, Mario Pablo
Fuks, Nayra Ganhito e Silvia Nogueira de Carvalho