GRUPOS DE TRABALHO

PSICANÁLISE COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES


O grupo de trabalho e pesquisa em Psicanálise com crianças e adolescentes começou a se constituir em 1999, sob a coordenação de Ana Maria Sigal, a fim de aprofundar as questões relativas à legitimidade e especificidade do campo da clínica com crianças e da clínica com adolescentes, de interrogantes semelhantes. Ao mesmo tempo, buscou delinear, neste período, um pensamento específico do Departamento que caracterizaria a clínica com crianças.

 

Nesse percurso, partiu do pressuposto de que o inconsciente está atravessado pelo campo histórico e social no qual se presentifica, dele tomando elementos para encenar o desejo. Constatou, portanto, a aparição de novos modos de subjetivação, assim como patologias que levam as marcas das problemáticas contemporâneas.

 

Nos primeiros três anos trabalhou:

- a formação subjetiva em diferentes autores, como forma de dar conta da condução da cura. Andaimes teóricos em Freud, Winnicott, Melanie Klein, Maud Mannoni, Laplanche e outros autores contemporâneos;

- a questão dos pais na psicanálise com crianças: sua inclusão no tratamento (foram lidos textos da escola inglesa, da escola lacaniana e de diversos autores contemporâneos);

- o jogo como modo de abordagem do inconsciente;

- o jogo como discurso;

- o jogo como produção;

- o brinquedo como suporte significante;

- a transferência como atualização dos significantes enigmáticos;

- associação livre e abstinência na psicanálise com crianças.

 

Em seguida abordou o lugar do analista na psicanálise com crianças, tomando como base o livro de Laplanche: A tina -a transcendência da transferência e a psicopatologia contemporânea, pensando sobre os casos mais frequentes que demandam análise. Discutiu o avanço das concepções organicistas, o D.S.M. IV, o Diagnóstico de Déficit de Atenção e os encaminhamentos que as escolas fazem para terapias cognitivistas e reeducadoras.

 

Em 2004 transformou-se num grupo horizontal autogerido, que teve como foco de trabalho o percurso que vai do tecer teórico ao acontecer clínico. Trabalhou tanto com material clínico como com textos representativos das grandes escolas psicanalíticas e/ou autores representativos das temáticas abordadas.

 

De janeiro de 2007 a janeiro de 2009 o grupo se dividiu em 2 subgrupos, que pesquisaram temáticas diferentes e mantiveram, entre si, encontros semestrais de troca: o Grupo I realizou um estudo teórico das temáticas surgidas a partir dos relatos clínicos apresentados pelos membros do grupo e o Grupo II realizou um estudo teórico-clínico da constituição do sujeito, incluindo as discussões que passam tanto pela clínica com bebês quanto pela clínica com crianças, adolescentes e adultos, onde a constituição aponta semelhanças com os interrogantes desta clínica dos primórdios.

 

Desde 2009, o grupo tem trabalhado em torno dos seguintes temas:

 

- Determinantes específicos da clínica com crianças e adolescentes;

- Particularidades do efeito do processo analítico com crianças e adolescentes nas dinâmicas familiares;

- Modelos descritivos da realidade psíquica nas sessões;

- Sonho compartilhado e restauro da função pré-consciente segundo René Kaës;

- Sonho e sonhar segundo Donald Meltzer;

- Investigações sobre o desenvolvimento sexual e de identidade de gênero segundo Robert Stoller.

 

Encontros

quinzenais presenciais, às quintas-feiras, das 8h00 às 9h30.

 

Integrantes
Ana Claudia Patitucci, Ana Helena Haddad, Julio Rubinstein, Cristiane Gomes,Flávia Ponce, Mariana Fresnot, Paulo Jeronymo Pessoa de Carvalho, Pedro Eugênio Bacelar Monteiro, Pedro Musa, Priscila Prada e Simone Rossi Pugin.

 

Interlocutor

Pedro Monteiro (pedroebm@terra.com.br)


Articuladora da Área de Formação Contínua: Cristina Ribeiro Barczinski

 

Atividades Internas (Sala e datas das reuniões). 



 


 

   
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