GRUPOS DE TRABALHO

INVESTIGAÇÕES A PARTIR DE LAPLANCHE E SILVIA BLEICHMAR


O grupo de trabalho e pesquisa Investigações a partir de Laplanche e Silvia Bleichmar, iniciado em agosto de 2022, tem como objetivo aprofundar questões significativas ao campo psicanalítico tomando como eixo os pensamentos de Jean Laplanche e de Silvia Bleichmar. Muitos desdobramentos são necessários e possíveis na interlocução com outros autores.

 

O trabalho de Laplanche com o texto freudiano nos oferece um pensamento organizador para pensar as diferentes psicanálises que surgiram a partir do tronco freudiano fundamental. Entretanto, além de grande leitor de Freud e de seu trabalho conceitual rigoroso, Laplanche buscou ir aos fundamentos, extraindo, ponto por ponto, os que vieram a ser os alicerces de sua Teoria da sedução generalizada e seu principal desdobramento - a Teoria tradutiva.

 

Silvia Bleichmar encontrou na leitura de Freud efetuada por Laplanche este eixo organizador e, em interlocução com sua teorização, desenvolveu seu pensamento singular.  Neste percurso, o permanente diálogo com outros autores foi enriquecedor, sustentando as opções teórico-clínicas desta autora. Assim, o pensamento de Bleichmar é um pensamento ordenador e articulador, que convida a outros ordenamentos e articulações.

 

Em Laplanche, o par Metapsicologia/Mito permite pensar o esqueleto, a ossada metapsicológica que sustenta as infindáveis versões que se dá o "objeto da psicanálise". Diz ele, em Novos fundamentos para a psicanálise: "O objeto da psicanálise não é um objeto humano de maneira geral, não se trata do homem, que pode ser delimitado através de diversas ciências: a psicologia, a sociologia, a história, a antropologia. Trata-se do objeto humano na medida em que ele formula e dá forma à sua própria experiência -este é um movimento de sua vida inteira."

 

Já Bleichmar parte de outra perspectiva, evidente na prioridade que dá ao par Constituição do sujeito/Subjetividade. Em resposta a Laplanche, ela diz algo assim: "Não vou abandonar nada sem que eu saiba por o quê substituir". Bleichmar é regida pela necessidade de dar respostas clínicas aos sujeitos que tem diante de si e que a interpelam com seu sofrimento, especialmente crianças e pacientes graves.

 

A psicanálise contemporânea e sua clínica exigem novas articulações teóricas. Alguns temas não cessam de nos interrogar. Entre eles: transferência, lugar do analista, simbolizações, neuroses narcísicas, gênero, análise com crianças, psicopatologia psicanalítica.

 

Assim, o percurso por estes dois autores tem em seu horizonte o convite a fazê-los trabalhar, necessariamente em direção às fontes e entre eles, mas também em direção a novas articulações que, sem perda de rigor conceitual, contribuam para os impasses contemporâneos. Neste caminho outros autores poderão ser convocados para iluminar as questões que serão priorizadas a cada momento.

 

Encontros
quinzenais remotos, às sextas-feiras no período da tarde, com duração de 1h30min.

Atuais integrantes
Alfred Michaelis, Ângela Penteado, Carolina Kimie Moriyama, Maria Aparecida Kfouri Aidar, Claudia Berliner, Cleusa Pavan, Eliana Borges Pereira Leite, Eva Wongtschowski, Luciana Cartocci, Luciana Chauí, Maria do Carmo Vidigal Meyer Dittmar, Marta Azzolini, Mira Wajntal e Pedro Fernando da Silva.


Interlocutora

Maria do Carmo Vidigal Meyer Dittmar - Lila (lilavidigal@terra.com.br)

 

Articuladora da Área de Formação Contínua: Cristina Ribeiro Barczinski


 


 

   
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